Desde que Prazeres ameaçou revelar o seu segredo a Beatriz que Eduarda vive com medo de que alguém descubra que é ela a mãe de Martim. E, após mais uma discussão com a filha, vai revelar tudo a Diogo, sem imaginar que ele grava toda a conversa.
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Ao chegar a casa, Eduarda ouve uma conversa entre a filha e o neto em que estes planeiam viajar para a Austrália. “Ninguém vai fazer viagem nenhuma! Tens fisioterapia, aulas, é uma inconsciência irem viajar agora”, grita a vilã, com a filha a perguntar-lhe se alguém a chamou para a conversa. Mãe e filha começam a discutir e a empresária acaba por cair em si, acalmando-se. Apesar de irritada, deixa o local para que não a vejam chorar. Já sozinha, chora e aparece Diogo, que a tenta confortar. “Eu dei tudo à minha família e para quê? Para se virarem todos contra mim! O Diogo não entende, ninguém entende o peso que carrego comigo”, solta ela. O militar aproxima-se, sentindo a patroa vulnerável e tirar o telemóvel do bolso, começando a gravar a conversa, discretamente. “Fiz tantas coisas erradas, mas sempre pela minha família. Juro que aquilo que fiz foi por eles. O Diogo não sonha, ninguém sonha aquilo que fiz”, continua. Cada vez mais nervosa, a vilã serve-se de água. As suas mãos tremem. “Ainda tenho pesadelos sobre o que podia ter feito de diferente com um amigo que perdi. Aliás, foi por isso que saí do exército e vim para cá, a Eduarda sabe. Um cenário diferente ajuda, mas a verdade é que as coisas só começaram a mudar quando comecei a falar sobre aquilo que me consumia”, diz o filho de Carlos. E é então que a empresária ganha coragem: “O Martim é meu filho”, atira, apanhando o empregado completamente desprevenido. “A gravidez da Beatriz foi complicada, eu andava preocupada com ela e nem percebi o que se passava comigo. Achei que estava doente ou numa menopausa precoce. Quando dei conta estava grávida e era tarde para abortar”, recorda, prosseguindo: “A Beatriz entrou em coma, tiveram de fazer uma cesariana. Eu com o stress entrei em trabalho de parto na mesma altura… O meu bebé nasceu bem. O da Beatriz morreu pouco depois de nascer. Ela queria mesmo ser mãe e, muito provavelmente, não ia poder engravidar de novo”. Diogo continua em choque, não consegue dizer nada. “Num impulso irracional troquei os bebés. Já tinha dois filhos, a Beatriz não ia aguentar o choque. Fi-lo por ela. E passei onze anos a ver o meu filho crescer perto de mim, remetendo-me ao papel de avó”, justifica. Ao ver o empregado sem saber o que dizer, ela tranquiliza-o: “Não tem de me dizer nada. Por favor, até prefiro que não diga. Só precisava de deitar isto cá para fora”. Este pergunta-lhe se se arrependeu e ela confirma. “Foi o maior sacrifício que uma mãe pode fazer e a Beatriz trata-me como lixo. Decide tudo sobre a vida do Martim sem que eu possa dizer nada. É um pesadelo”.