Martim é mesmo filho de Eduarda e não de Beatriz e falta muito pouco para a professora descobrir a verdade. Tudo acontece logo após mais uma discussão entre mãe e filha. Beatriz ataca a mãe, garantindo que não acredita que ela se preocupe com o futuro das crianças, depois de a ver a tentar angariar votos junto dos mais novos. “Tu não te cansas de estar constantemente a atacar-me?! Eu tenho feito tudo por ti e por esta família”, dispara a candidata à presidência. “Acreditas mesmo nisso? Tudo o que fazes é por ti, tu só pensas em ti!”, riposta a professora, assegurando que está prestes a ir embora com Martim para bem longe. “Deixa-te desse disparate, tu sabes perfeitamente que não vais a lado nenhum com o Martim”, responde a vilã. A ex-mulher de Tiago garante-lhe que não há volta a dar. “Eu tomei uma decisão e tu tens de a respeitar e acabar com este drama. É a coisa mais normal na vida, os filhos saírem de casa dos pais. Não quer dizer que vamos desaparecer”. Nervosa, Eduarda contra-ataca: “Queres ir? Queres abandonar a tua família, vai! Mas o meu neto fica! Ele não sai desta casa”. “Tu sabes perfeitamente que o que estás a dizer não faz sentido nenhum. E sabes que mais? Já tenho a chave da casa, afinal vou para lá amanhã de manhã. Acabou”, grita Beatriz, cada vez mais irritada.
O desespero toma conta da empresária que não quer acreditar que a filha se vai embora: “Nem te atrevas! Já te avisei que se for preciso vou a tribunal lutar pelo Martim”, ameaça. A professora percebe que a mãe está a falar a sério. “Tu estás completamente descontrolada. Mãe, pára de uma vez ou garanto-te que deixas de ver o teu neto. O Martim é meu filho, vai comigo para onde eu for”. É então que Eduarda quebra e revela o seu grande segredo: “Não, não é e não vai a lado nenhum que eu não deixo! O Martim é meu filho!”. A irmã de Afonso olha perplexa para a progenitora.
Sem acreditar nas palavras da vilã, Beatriz dispara: “Tu enlouqueceste, só pode… Sempre foste agarrada ao Martim, mas chegares ao ponto de dizeres que ele é teu filho…”. “Não queria que soubesses, mas tu queres levá-lo daqui… E não consigo viver longe do Martim”, defende-se a ex-mulher de Francisco. A filha quer saber se ela não se cansa de inventar histórias e esta conta o que fez no passado. “O Martim é meu filho. Foi o teu bebé que morreu logo a seguir ao parto… Tu estavas a recuperar, eu fui ver os meninos e dei com o bebé morto”. “E resolveste trocá-los… com essa facilidade toda. Como é que isso é possível?”, indaga Beatriz. Emocionada, a vilã continua com as explicações: “Tu estavas tão frágil… os médicos diziam que não devias ter mais filhos, tive medo que não conseguisses aguentar a dor da perda, que caísses numa depressão…”. A professora descontrola-se e volta a gritar com a mãe: “Pára de mentir. Tu só estás a dizer isso para eu ficar. Como é que és capaz de ser tão cruel?!”. “Não estou a mentir, foi um impulso… Bastou mudar os meninos de berço e trocar as pulseiras”, defende-se Eduarda.
A amada de Diogo começa a acreditar nas palavras. Ainda tenta argumentar, mas perde a convicção e começa a acusar a mãe de se querer vingar dela por ela querer desaparecer com Martim. “Vingar-me? Imaginas o que tenho sofrido todos estes anos? Criar um filho como neto? Naquele dia, sacrifiquei a minha vida por ti. Evitei que chorasses a morte de um filho, porque sei que não há dor igual a essa, à de perder um filho…”, atira a empresária. As lágrimas começam a surgir no rosto de Beatriz: “Não, não pode ser… Tu estás a dizer que eu não sou mãe do meu filho?”, pergunta. Eduarda nega com a cabeça. “O Martim é meu filho… Foi gerado aqui dentro. Na altura pensei que estava a fazer o melhor para todos, hoje percebo que pode ter sido um erro, mas as minhas intenções eram as melhores”. A chorar, a rapariga manda a mãe calar-se. “Não pode ser! Diz que isso é mentira”, suplica. E ela explica que fez tudo por amor. “Amor?! Que amor distorcido é esse?! Que mãe é que abdica de um filho?!”, atira a amiga de Carla. “Uma mãe que ama mais os seus filhos do que a si mesma. É esse o monstro que eu sou”, continua Eduarda. “Tu és doente! Isto tem de ser mentira! Tem de ser. Diz que é mentira!”, insiste a filha, segurando a mãe pelos braços e abanando-a: “Diz! Estás a mentir!”.
Mas é verdade e Beatriz não tem alternativa. Baixa o tom, arrasada. “O Martim é meu irmão? E o meu filho está morto?”. A candidata à presidência da junta assente: “Desculpa, mas o Martim não é teu filho”. A professora recua alguns metros e não consegue encarar a mãe, preparando-se para sair da sala: “Onde é que vais? Beatriz, ninguém sabe disto. Nem pode saber”, atira Eduarda, apanhado Beatriz desprevenida. “O pai não sabe?”, pergunta. “Ninguém sabe. Vamos conversar, não te vás embora…”, implora a malvada. Mas a filha quer ir-se embora: “Preciso de sair daqui, não consigo olhar para a tua cara”, solta, saindo em seguida. “Beatriz! Espera! Eu dei-te um filho…”, grita a vilã, angustiada.