Conquistou o papel de vilão e líder do grupo Kamikaze, mas foram vários os momentos em que Pedro Soá se mostrou agressivo. O último confronto foi com a colega Teresa, o que, no dia do seu aniversário, acabou por ditar a sua expulsão do reality show da TVI. O empresário do Montijo abandonou a casa em lágrimas, mas nada arrependido da sua participação no programa. “Faço um balanço positivo e negativo. A fase do ‘Zoom’ foi horrível! Estive 17 dias num quarto com 20 m2 com um televisor que não funcionava, não tínhamos nada para fazer. Entrei na casa com o meu psicológico no fundo, mas não me arrependo de ter participado. Gostava de ter entrado num ‘BB VIP’, com pessoas mais maduras”, afirma o ex-concorrente, acrescentando: “Não fui pelo dinheiro do prémio. Isso não era significativo. Fui para promover o meu negócio e conhecer como era viver aquela experiência. Entrei para um programa de televisão e saí para um mundo novo. Sinto-me o Capitão América”.
De volta à vida normal, o “visionário” tece duras críticas à produção, garantindo que esta se aproveitou dele e da sua personalidade forte para garantir audiências. “Tive, ainda na fase do ‘BB Zoom’, ajuda de uma psicóloga uma vez. Depois voltei a precisar dessa ajuda dentro da casa e não me foi oferecida. Eles [produção] queriam que eu estivesse desestabilizado. Se calhar, as três vezes em que me passei da cabeça foi quando as audiências [do programa] correram melhor. Lá dentro, no início, tive a noção de que as audiências poderiam não estar a correr tão bem e que, por coisas que me diziam, precisavam de mim. Há muitas coisas que não vou dizer ainda, mas mais tarde… Agora vou descansar e falar com os meus advogados, sobre coisas que são mentira e foram ditas cá fora.” E garante ainda: “A produção dizia-me: ‘Pedro, tenha calma’. E por outro lado dizia: ‘Isto não é muito bom, mas continue’. Fui um bocadinho manipulado e aproveitaram-se de mim. Chegaram a dizer-me que havia ‘atores principais’ e ‘atores secundários’ no programa. E que eu era um ator principal. Muita gente ali dentro só se preocupa com o seu ego e com os aviões”.
“Dormi mal, as camas eram horríveis”
Garantindo que jamais seria capaz de agredir algum colega, Pedro Soá revela que a intensa discussão que teve com Teresa na semana em que estava como líder da casa nunca deveria ter acontecido. Arrepende-se e explica a sua versão dos acontecimentos. “Não me revejo nas atitudes negativas que tive e arrependo-me. Nunca iria bater em ninguém. Levantei a voz para libertar a tensão. Como líder, atribuí tarefas a cada um, como se estivesse a gerir uma empresa, mas eles não as fazem e não têm qualquer penalização. É muito complicado! E quando discuti com a Teresa não era diretamente para ela, era para o grupo. Ela é uma das que mais trabalha ali. Arrependi-me logo! Sei que ela me desculpou”, conta o ex-morador da mansão da Ericeira. Pedro Soá garante que, mesmo que a expulsão não tivesse acontecido, ele estava decidido a abandonar o programa mais cedo ou mais tarde. E conta ainda que, apesar da sua agressividade com Teresa, a produção lhe terá referido que não queria que ele fosse expulso. A decisão de tirar o jogador da competição terá partido de Nuno Santos (diretor de Programas da TVI). “Mesmo depois do que aconteceu com a Teresa, eles [produção] não queriam que eu saísse e diziam que poderia ir longe. Decidiram expulsar-me porque sabiam que iria acabar por desistir de qualquer maneira por minha vontade. E dava mais audiência. Não me vendo por nada! Já estava com imensas saudades da minha namorada, da família e dos amigos”, revela o empresário, garantindo: “A expulsão foi um alívio. Estava pronto para vir embora, mas sei que o Pedro Soá vai fazer muita falta dentro da casa. A casa está morta. Não há nada para fazer. Os desafios acalmam as pessoas e isso não é bom para o programa. Os público quer ver as ‘guerrinhas’ e o bate-boca.” À imprensa, o ex-concorrente contou ainda alguns maus momentos que viveu na casa do “Big Brother” que, até agora, eram desconhecidos dos telespectadores. “Não tínhamos alimentos: cheguei a comer cascas de batata. Tenho um problema de coluna e dormi imensamente mal. As camas eram horríveis. Queriam tirar-me a medicação para a alergia. É crónico. Tomo aquilo há 20 e tal anos”, confidencia.
Ele deixou a produção “pendurada”
Sobre a sua postura no programa, e que originou várias críticas por parte dos espectadores e ainda dos comentadores do programa, o ex-concorrente justifica-se: “Pareço uma pessoa egocêntrica, mas é porque gosto muito de mim. E acredito muito em mim. Já passei por muito na vida: fome e muitas dificuldades. Para chegar onde cheguei tive de lutar muito. Os meus ídolos são o Ricardo Araújo Pereira e o Ljubomir Stanisic. Acho que sou parecido com eles”. Pedro Soá deveria ter estado presente na gala de domingo, dia 31 de maio, tal como Edmar, que marcou presença. Porém, não apareceu em estúdio e não terá avisado ninguém da produção que iria faltar.
Críticas aos comentadores
“Ouvi dizer que falaram mal de mim, especialmente a ‘Pipoca Toda Queimada’, ou lá como ela se chama. O Pedro Crispim é um galo! Gostava de tê-los todos à minha frente, olhos nos olhos. E dava um grande abraço à Cinha Jardim e à Marta [Cardoso] que passaram pela mesma experiência”, garante o “visionário” do Montijo.
Os que mais o desiludiram: Hélder e Jéssica
“A maior desilusão que tive foi o Hélder, que, após eu sair, falou mal nas minhas costas”, diz Soá, acrescentando: “Tenho pena pelo Pedro, é um rapaz educado. E a Jéssica tem muito andamento”
A preferida: Sónia
“Por causa das saudades das filhas, temo que ela possa perder-se no jogo”
O que menos gosta: Daniel Guerreiro
“Está sempre com aquele ar muito profundo. Parece que está anestesiado. Enerva-me! Gosto de pessoas mais ativas. Acho que ele faz-se mais do que aquilo que é”