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Por amor deixou o país natal e começou uma vida nova em Aveiro. Angélica Del Mar, de 27 anos, fugiu da crise e da insegurança que se vive na Venezuela, em busca de uma vida melhor ao lado de Nuno, o homem por quem se apaixonou. Em fevereiro de 2019, chegou a Portugal com desejo de abraçar novos desafios, mas as primeiras experiências profissionais da concorrente de “Big Brother” não foram as melhores. “Não sabia o que era, nunca tinha visto. Foi o meu marido que me inscreveu e disse-me que eu ia para um programa de televisão. A iniciativa foi dele. Respondi-lhe que não queria, estava muito desiludida porque nessa altura ainda não tinha recebido os meus documentos. Passei praticamente um ano à espera que chegassem”, começou por explicar Angélica, um dia depois de ter sido expulsa (a venezuelana acabou por sair da “casa mais vigiada do País” na gala de domingo, dia 21 de junho).
Antes da participação em “Big Brother”, arregaçou as mangas e abraçou alguns desafios profissionais que agora recorda com angústia. “Queria arranjar trabalho, e posso dizer que trabalhei, mas fui explorada a nível laboral em Portugal. No meu primeiro trabalho, numa bomba de gasolina, disseram-me que ia ganhar o ordenado mínimo, e pagavam-me 20 euros por dia. O segundo trabalho foi num restaurante, onde servia às mesas, disseram-me que pagavam 4,5 euros à hora. No final, disseram-me que tinha acumulado 60 horas. Queriam ficar comigo a trabalhar lá, mas pagavam-me 2 euros à hora.” Angélica não desistiu e abraçou outro desafio: “Recebi uma proposta de trabalho de marketing, mas, na verdade, não tinha nada a ver com essa área. Andava a bater de porta a porta a tentar vender contratos e angariar clientes para uma empresa ligada ao fornecimento de energia… Depois de um mês pagaram-me 140 euros”, revelou.
“Queria começar do zero”
Foi antes da participação no programa da TVI que teve a sua melhor experiência profissional. “Queria começar do zero e estava disposta a fazer limpezas, servir às mesas, mesmo sem experiência nenhuma, mas desiludi-me muito: em três oportunidades de trabalho nem o ordenado mínimo recebia. Depois finalmente chegaram os meus documentos. Foi nessa altura que arranjei um trabalho que adorei. Estive numa instituição que cuida de pessoas com necessidades especiais. Adorei trabalhar ali, foi enriquecedor, mesmo muito gratificante.” A vida da venezuelana muda quando percebe que foi uma das selecionadas para participar no reality show da TVI. “Portugal proporcionou-me uma oportunidade que eu jamais imaginei viver. Um ano depois de chegar, sem falar corretamente a língua portuguesa, participar no programa foi um presente da vida. Adorei esta experiência e acredito que lá dentro fiz amigos. Senti-me muito querida”, garante.