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A vida de Vitória vai estar em perigo quando Catarina e Mateus a levam até um barracão para lhe darem uma lição, como lhe contámos na edição anterior. E o pior vai mesmo acontecer. A sós com a sua presa, o violador decide pregar-lhe um valente susto e, para a libertar de todos os pecados, começa a regar o chão com petróleo e despede-se dela, que está sem forças para reagir. Nesse instante, Catarina e Marcos, que têm de arranjar forma de fazer com que ninguém imagine o que se passa, vão até ao local e ficam em pânico ao ver a casa a arder. Catarina ordena ao filho que vá procurar Mateus e a enfermeira. Marcos entra no barracão e apenas encontra a rapariga inanimada no chão. Maquiavélico, em vez de a salvar, deixa-a ficar ali e sai para procurar o irmão. Vê a mãe e diz-lhe que a enfermeira está inconsciente e que a deixou ficar lá. Catarina ordena-lhe que vá em busca de Mateus.
De repente, Vitória recupera os sentidos e surge do interior da casa a tossir. A matriarca dos Santa Cruz arregala os olhos como se estivesse a ter uma aparição. A enfermeira clama por ajuda. “E porque é que eu havia de fazer isso? Você é mais teimosa e resistente do que uma ratazana de esgoto…”, grita a vilã. É quando a namorada de Lucas solta a bomba: “Se sente algum amor pela sua neta, imploro-lhe que me ajude. A Ana, na verdade, tem o seu sangue… e o meu. Eu sou a mãe dela”, solta Vitória, enquanto tosse. Alarmada, Catarina não quer acreditar. “Louca. Isso é do fumo, já lhe passa. Está a inventar disparates.” A rapariga continua a negar e insiste que a menina é filha dela e de um dos Santa Cruz: “Os seus filhos violaram-me, lembra-se? Eu fiquei grávida. A Ana é mesmo sua neta. É filha de um deles!”, solta Vitória, que vê a vilã a continuar a negar o que ela diz. “Quem é que me garante que essa criança que você diz que teve é de um dos meus filhos? Pode ser do Carlos, não era seu namorado nessa altura?”, provoca. “Eu era virgem, inocente…uma criança feliz até os seus filhos destruírem a minha vida. Fui má mãe, dei à luz e abandonei a minha filha…”, dispara a enfermeira. Catarina não consegue acreditar. “De entre dezenas de bebés, porque é que o Lucas foi escolher exatamente esse? É absurdo que ela seja a sua filha. É impossível.”
“Ela não vai aguentar”
Mas a verdade é mesmo essa e a namorada de Lucas explica-se: “A mim também me custou a acreditar. A determinado momento, até cheguei a pensar que tivesse sido a Catarina a organizar tudo. Pode ser a ironia do destino, uma piada de mau gosto, não sei… mas a Ana é minha filha. A assistente social confirmou tudo e pode confirmar-lhe a si”. Catarina olha para a rapariga nos olhos e quer saber se ela regressou para recuperar a filha, deixando-lhe um aviso: “Não vou deixar que se aproxime da minha neta, muito menos se ela tem o meu sangue. Nem do Lucas”. Vitória propõe-lhe então que a deixe fugir e promete não mais voltar. “Oiça bem, se eu voltar sequer a sentir o seu cheiro, eu conto à Ana que é fruto de uma violação e isso vai destruí-la”, riposta a vilã, olhando com nojo para as queimaduras da rapariga. “Essas cicatrizes vão acabar por desaparecer, tal como as recordações”, atira. Ela nega: “Nunca me vou esquecer. Se me vou embora, é pela Ana, para ela poder ser feliz sem saber de nada”. E Catarina propõe: “Você vai desaparecer. Apanhe a primeira camioneta, um avião, faça como quiser, mas desapareça das nossas vidas. Considere isto um ato de boa-fé, de mulher para mulher. E cumpra a sua palavra, saia da nossa vida senão a Ana Catarina é que paga”, dispara. Instantes depois, Marcos aparece com Mateus e a mãe diz-lhes que não há sinais de Vitória e que ela morreu no incêndio.