Chegou ao fim na noite do último domingo, 2 de agosto, a edição mais recente de “Big Brother”, que marcou a estreia de Cláudio Ramos na TVI. Na manhã desta segunda-feira, dia 3, o apresentador decidiu falar sobre os últimos três meses no Instagram, num longo texto no qual fala das dificuldades de se fazer um reality show no meio de uma pandemia e revela que a filha teve dúvidas sobre a sua mudança para a TVI.
Cláudio começou fazendo referência ao facto de que o programa teve de ser adiado porque foi idealizado apenas algumas semanas antes da pandemia ser declarada. “Só quem esteve no minuto zero deste BB sabe o complicado e desafiante que foi fazê-lo. O entusiasmo do início deu de caras com uma pandemia que mudou tudo. Mudou o mundo, não mudaria o Big Brother? Os concorrentes foram sujeitos a uma quarentena. Os conteúdos adaptados. Até os tecidos dos meus fatos ficaram retidos”, revelou o apresentador.
O apresentador também agradeceu à equipa de produção, e revelou que não chegou a conhecer o rosto de todos os membros: “Fazer um programa de pessoas com pessoas implica emoção. Tivemos muitas vezes que travar a emoção porque abraçar não se pode. Comecei e acabei este projecto sem ver o rosto por inteiro de grande parte da equipa porque esteve sempre tapado pela máscara. A equipa esforçou-se para meter de pé um programa que de repente teve que ser outro. Estamos em 2020 nada é como antes.”
Cláudio Ramos também voltou a dizer que apresentar o “Big Brother” foi a realização de um sonho: “Só quem faz televisão pode avaliar o que é fazer televisão de verdade com a emoção travada pela pandemia e as ideias hipotecadas a favor da segurança de todos. Fizemos todos o melhor. Acertámos quase sempre. Realizei um sonho. Não falo dos números, porque não sou a pessoa indicada, mas fico feliz com eles porque trabalho para pessoas, e elas estão aí, para confirmar que o sonho chegou a muitas casas!”
Foi quando Cláudio revelou que afinal a filha Leonor teve dúvidas sobre a saída do pai da SIC para a TVI. “Depois da mudança tenho até hoje o eco da frase da minha filha ‘achas que é bom?’… foi bom! Passei a temporada toda a provar-lhe que foi bom. Que valeu a pena. Eu e a equipa que aguentou o barco e à qual estarei agradecido sempre porque o Big Brother não é o apresentador. São os concorrentes, é a equipa de conteúdos, de produção, é a voz que lhe dá voz, é a equipa técnica, são os fãs do programa, são os meios que o seguem… dito isto, como apresentador rebento de orgulho do dever cumprido.”
O apresentador conclui com o agradecimento ao diretor da TVI, Nuno Santos, e aos telespectadores: “Ao @nuno.sant0s , que arriscou, importava-me não desiludir. À TVI, que me recebeu de braços abertos, impunha-se mostrar que estava na mesma luta e ao lado de cada um. Juntos, rasgámos um ciclo! Aos espectadores o desejo sempre de entreter. Entreter bem! Teve momentos muitos difíceis, mas a maioria foram prazerosos. Foi estimulante e acima de tudo foi crescimento que dividi com todos os que, como sempre, não me falharam… obrigado! “