No capítulo desta noite, Nazaré consegue chegar ao local onde Alice está. “Que ideia foi essa de desapareceres?”, grita, ao vê-la em cima de uma árvore. Cheia de medo, a neta de Josué não consegue descer, mas a filha de Matilde obriga-a a tentar. Após várias tentativas, percebe que ela não vai conseguir e começa a subir a árvore. Quando chega a um ramo um pouco abaixo de Alice, pede-lhe que suba para as suas costas. “Estou aqui, não vou deixar que nada de mal te aconteça”, solta.
A menina agarra-se às costas de Nazaré, que começa a descer, cuidadosamente. Durante a descida, a pescadora agarra-se a um ramo mais pequeno, que começa a estalar. Ao perceber que vai cair, a filha de Joaquim agarra na amiga junto ao peito e cai de costas, protegendo-a. Alice solta-se e fica em pânico ao ver Nazaré sem sentidos. “Socorro! Socorro!”, grita.
Ao longe, vê Rui a chegar e, acreditando que ele é médico, pede ajuda. Ele aceita e fica em choque ao ver Nazaré. Vê a pulsação dela e chama por ela. A rapariga acaba por acordar e chama por Rui, enquanto Alice chora, emocionada. “Consegues mexer-te?”, pergunta ele. “Acho que sim… mas não sei se consigo levantar-me”, responde ela. O veterinário chama uma ambulância.
Rui conta a verdade
Depois de ser assistida no hospital, Nazaré regressa a casa com a ajuda de Rui. “Obrigada pela tua ajuda, Rui. Se não tivesses chegado a tempo, nem sei o que tinha acontecido à Nazaré”, agradece-lhe Matilde. Ao ver a cunhada a tocar no colar cervical com irritação, ele avisa-a de que tem de o manter pelo menos durante mais um dia. Matilde sai e deixa-os a sós. Rui pergunta-lhe se se sente bem e a resposta não tarda: “Dói-me as costas… e o orgulho, vá. Mas vou ficar fina”, tranquiliza ela. Ele prepara-se para sair e ela impede-o. “Deixámos uma conversa a meio… sobre eu ter pedido ajuda ao meu pai para saber coisas sobre ti e sobre a tua mãe. Percebo que estejas lixado, mas chateei-me com o Duarte por vossa causa”, explica a rapariga. Emotivo, ele pergunta porque é que fingiu que acreditou nele e na mãe. “Fica um bocado difícil lidar com tantas desconfianças”, aponta. Nazaré quer saber se foi por isso que ele lhe deixou de falar e ele mente, dizendo que não. “Não? O que é que chamas a fingires que não vês?”, pergunta ela. Rui diz que quer evitar problemas, principalmente à pescadora e justifica: “O Duarte pediu-me para ficar longe de ti”. Nazaré fica incrédula e o veterinário pede-lhe calma. “Ouve, por mais idiota que o meu irmão seja, não faz sentido forçar uma situação que vos incomoda!”. “Eu não sou uma ‘situação’, sou uma pessoa! E eu é que decido quem são os meus amigos, ninguém se mete, nem o meu marido!”, grita ela. Ele pede-lhe que esqueça aquilo. “É uma parvoíce, seja como for, e não mudou absolutamente nada. Ele continua a ser um idiota”. “Um idiota que não confia na mulher que tem, a verdade é essa!”, responde ela, furiosa.
Ajuste de contas
Mais tarde, Duarte entra em casa e Nazaré aguarda-o, no sofá, séria. Ele pergunta-lhe porque é que não atende o telemóvel e não obtém resposta. O empresário quer saber como se sente. Ela garante que está bem, mas afasta-se dele. “Devias ter mais cuidado contigo! Acabaste de sair de uma tempestade no meio do mar e já andas a subir às árvores?”, pergunta o primo de Bernardo. Mas a mulher tem outras contas para acertar. “É verdade que pediste ao Rui para se afastar de mim? Devias ter vergonha! Não queres aceitar que tens um irmão, não te queres dar com a tua mãe, faz como entenderes, mas não confiares em mim?!”, grita. Duarte admite que não é dela que desconfia e ela não se deixa ficar: “É sim! A partir do momento em que mandas alguém afastar-se de mim, nas minhas costas, é porque não confias na tua mulher! Do que é que tens medo? Diz lá, do que é que tens medo? Que eu te engane com o teu irmão?”. Sem ter por onde escapar, o rapaz justifica que não gosta de Rui e muito mais de o ver ao pé dela. “Porque é que foi ele a levar-te ao hospital? Andavam juntos à procura da Alice, tal como andaram à procura do Gaspar?”, pergunta. Contendo as lágrimas, Nazaré justifica-se: “Ouve o que estás a dizer, Duarte. Num momento, dizes que confias em mim e, no momento a seguir, queres saber porque é que eu estava com ele e a fazer o quê… Eu tenho tentado apoiar-te e ser compreensiva, mas olha bem para ti! Trancaste-me no quarto… Queres-me proibir de ir para o mar… Qual é a justificação para mandares o Rui afastar-se de mim?”, atira. Ele garante que já se explicou, mas a pescadora não aceita. “Não, Duarte. Eu não vou viver assim, com ordens, com um homem muito diferente daquele por quem me apaixonei. Isto vai ter de parar, percebes? Agora!”, grita.
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