Depois de tantas maldades, a grande malvada vai começar a ver a sua vida andar para trás. Em breve, Afonso vai ser preso acusado de crimes que a mãe cometeu, mas acaba por ser libertado seis meses depois quando fica provado que todos os documentos apresentados afinal eram falsificações.
Feliz pelo irmão, Beatriz vai ao encontro da mãe e dá-lhe a boa notícia. “A polícia já descobriu que as contas que incriminaram o Afonso são falsas. E agora é uma questão de tempo para sabermos quem é que as “inventou”. Se bem que nós as duas sabemos perfeitamente quem foi, não é?”, atira, revoltada. “Agora para além de cavalos também percebes de justiça? Mas tens razão, são ótimas notícias. Que bom… Quer dizer que o Afonso vai sair”, riposta a presidente da Câmara, que diz querer ir buscar o filho à prisão. A filha não gosta de a ouvir e proíbe-a de a acompanhar. “Tu achas que as coisas têm de ser todas feitas à tua maneira, mas estás enganada. Por falar nisso, também vou voltar para a herdade”, anuncia Eduarda, que está a viver no hotel. Mas Beatriz proíbe-a: “Estás a ouvir o que estás a dizer? Por uma vez na vida, ganha vergonha na cara! Queres mesmo obrigar o Afonso a ter de olhar para ti? Depois de tudo o que lhe fizeste?”. “Filha, eu tenho o direito de ficar em minha casa. Resta saber se fazemos as coisas a bem ou a mal”, atira a mãe, acabando por sair.
O plano de Diogo
Dias depois, e ao saber do que se passa com a vilã, Diogo conversa com Tomás e pede-lhe ajuda para afastar Eduarda da Câmara de Vila Brava. Os dois vão até às instalações e procuram documentos, mas não encontram nada. “Aquela gaja tem de ser travada! Ela é um perigo! Principalmente agora que tem tão pouco a perder… Já se afastou dos filhos, do neto… Até da herdade já saiu. Falta arrancá-la da câmara”, desabafa o militar com Carlos, que não o entende. “Falta pouco para a minha filha nascer. A partir desse dia deixo de ser só eu. Não a posso deixar crescer com aquela mulher por perto…”, insiste o rapaz, mas o pai adotivo tenta fazê-lo pensar melhor: “Eu percebo isso tudo. Mas ao tentares vingar-te da Eduarda podes estar a fazer à tua filha o que te fizeram a ti… A privá-la de crescer com o pai”, adverte. “Eu vou até ao fim. Por mim… Pela minha filha… Pelos meus pais… Por toda a gente. Andamos nisto há tempo demais”, solta.
Em seguida, Diogo vai hotel e invade o quarto onde a vilã está instalada. Procura o computador dela e não o encontra, começando a vasculhar o quarto. É obrigado a mexer nas roupas dela e fá-lo com asco e raiva. Mas acaba por encontrar o portátil numa pasta. Satisfeito, coloca-o em cima da cama e acede-lhe, tirando do bolso do casaco um disco externo. Digita a antiga password e continua a ser a mesma. “Burra, nem a palavra passe mudas”, murmura. De repente, ouve-se o som de uma chave a entrar na fechadura da porta e a maçaneta a rodar. Diogo gela. “Ia jurar que…”, solta, ela que acreditava ter trancado a porta. O militar conseguiu escapar e escondeu-se na casa de banho. Desconfiada, ela caminha pelo quarto, mas não encontra ninguém. Já a sós, abre o computador e passa todas as informações para o seu disco externo. Em seguida, vai ter com Tomás e entrega-lhe todo o material. “Aí dentro está uma cópia de tudo o que a Eduarda tinha no computador pessoal dela. Não tive tempo de verificar, mas alguma coisa há de ter… Nem a Mafalda nem o Tomás têm de se arriscar mais.Eu sei que o Tomás sabe o que procurar para apanhar a Eduarda e que vai dar bom uso ao que estiver aí dentro”, pede-lhe.