O acidente que atirou Honório para o hospital tem feito correr muita tinta. Levou ao fim do noivado de Maria Rita e David, mas já falta pouco para a verdade vir ao de cima. O advogado vai fazer de tudo para provar a sua inocência, mas, mesmo assim, a pastora não vai acreditar. Até que o sargento confirma que Honório a está a enganar.
No café, a irmã de Vera não esconde a indignação com o que se está a passar. “Não temos a Lei a ajudar-nos. Parece queo sargento Rafael quer fazer o meu avôpassar por mentiroso. Os mentirosos aquisão os outros dois. O David de Aveiro e oQuimbé, que foi pago para mentir”, comenta ela com Barnabé e Joca. De repente chega o avô e Teodora. É nesse instante que o idoso decide contar a verdade, mas o irmão de Pompeu impede-o: “Eu sei o que se passou naquele dia. Sempre soube. O David não atropelou o teu avôde propósito, nem o ti Honório seapercebeu de que o carro foi para cimadele”, refere, confirmando que o rival não fez nada de propósito: “O David está inocente. O Quimbécontou-me e eu pedi que ele guardassesegredo… Depois convenci o ti Honório deque o gravatinhas o tinha passado a ferro”.
Maria Rita fica desapontada e não quer acreditar no que ouve. “Tu não me farias uma coisa dessas. Tu não eras capaz de meesconder isto…”, solta. Honório ainda tenta intervir, mas o rapaz não deixa. “Tu és meu amigo. Eu confio emti mais que ninguém. Não acredito que mepossas trair dessa maneira…”, insiste Maria Rita. E Joca, mesmo desfeito, continua a mentir. “Eu não suporto oDavid. Só queria que ele fosse para longede ti. Ele não te merece… Só te faz mal”, afiança. A pastora olha o melhor amigo nos olhos e vira costas, saindo a correr.
Em casa, a filha de Henrique fala com a santa. “Porquê?! Isto não pode estar a acontecer.O Joca ficou calado este tempo todo… Elementiu-me. O meu melhor amigo mentiu-me e magoou-me. Eu nunca pensei… E oDavid?! Não acreditei nele e ele estava adizer a verdade. Eu disse-lhe tanta coisamá… Fui injusta com ele…”. De repente, o filho de Teodora entra a pedir-lhe perdão, mas ela logo lhe diz que nem o quer ver. “Eu sei que não mereço perdão peloque fiz. Aliás, eu não mereço nada. Mas sóquero que saibas porque é que me porteimal contigo”, admite. “Tu não te portaste mal, tu foste mau, fostefalso, foste mentiroso, foste…”, corrobora a jovem, com ele a sobrepor-se. “Eu fiz isto por ciúmes!Eu não aguentava ver-te com o David. Eusimplesmente não aguentava…”, defende-se. “Não aguentavas?! Tudeixaste que eu pensasse mal do David.Deixaste-me sofrer, a achar que ele era apior pessoa do mundo. Enganaste-me…Nunca pensei que me viesse a zangarcontigo. Nem sequer imaginei… Maso que me fizeste…”, ataca a irmã de João Maria e Joca volta a justificar que o fez por gostar muito dela. Mas ela não se deixa levar. “(em tom final) Não, não… Não vais dizerque isto é gostar de mim. Se gostasses demim não mentias. Isto nem sequer é coisade amigo. Os amigosnão se magoam uns aos outros…”. Joca percebe que é o momento de se ir embora, pede mais uma vez desculpa e sai.