Se as polémicas sempre fizeram parte do enredo dos reality shows, agora todos as continuamos a querer ver, mas com mira crítica. O que deve ou não ser mostrado ao público é um dos temas que a própria produtora tem avaliado. Longe vão as edições em que as cenas de intimidade por baixo dos edredões eram exibidas. Tal já não acontece, o que tem dado origem a más interpretações, como no caso de Ricardo e Joana, com o concorrente a indicar que alguma intimidade já havia surgido sem a colega com quem partilha a cama saber.
Cristina Ferreira explicou no seu programa da TVI “Cristina ComVida” um pouco do que tem, ao longo dos anos, vindo a mudar. “Nós vimos em direto [no passado] imagens de relações, não víamos as relações, mas o edredão a mexer e os concorrentes falarem abertamente daquilo que tinha acontecido. Nos últimos anos, por normas internacionais, a própria produtora achou por bem não divulgar essas mesmas imagens.”
A psicóloga e sexóloga Susana Dias Ramos mostrou em seguida o seu descontentamento. “O que eu tenho muita pena! Uma produtora deste tamanho pedir para não se divulgar algo que nós devíamos normalizar é transformá-lo num tabu. Acho que não deve ser tabu, muito pelo contrário. As pessoas devem identificar-se com as outras. E sim: é normal masturbarem-se, tocarem-se, terem envolvimento sexual. É saudável! Não é saudável as pessoas serem assexuadas, não terem vontade, desejo, libido.”
A especialista e comentadora de “Big Brother” pediu mais frontalidade e transparência na hora de abordar os temas: “Antigamente, toda a gente estava à espera do amor, toda a gente queria ver. As pessoas identificavam-se. E não era criticado. Somos iguaizinhos às pessoas que lá estão. Não há é ninguém a filmar”.
A intimidade de Ricardo e Joana foi bastante abordada na última gala, dia 14, devido aos sons que a colega Rita garantiu ouvir (e incomodar) durante a noite. O casalinho não gostou de ver a sua privacidade (dentro do reality show!) tornar-se assunto pela dupla de apresentadores.