Pedro vai sofrer um terrível acidente que o deixa à beira da morte. Ainda assim, vai conseguir recuperar, mas perde parte das suas memórias.
Ao saber do sucedido e cada vez mais frágil, Antónia decide ir visitá-lo à clínica. E, por pouco, não vai descobrir o grande segredo daquele que julga ser seu amigo. Quando está prestes a entrar no quarto, ouve Elias a falar com o amigo e decide esperar à porta, desconfiada. Lá dentro, eles estão a jogar ao berlinde e o padre acaba mesmo por comentar. “Esse é outro problema que tu tens. Nunca cumpres as regras”, solta. Nesse instante, a malvada irrompe e pergunta-lhes se se conhecem. “O padre diz que sim”, responde o doente, enquanto Eva e Romeu entram lançados e agradecem a Elias por ter estado ali. Antónia volta a pergunta porque é que o rapaz precisava do padre e Romeu inventa uma desculpa. “Para o caso de ser preciso dar a extrema-unção…”, diz. “E enquanto dá e não dá a extrema-unção, aproveita e joga ao berlinde?”, provoca a empresária. Encavacado, o pároco assegura que é terapêutico, mas ela não engole a desculpa e quer saber o que se está ali a passar. Pedro nega saber e Elias sai. “Eu tenho de voltar para a paróquia. Deixei os putos a tratarem-me das hóstias e quando lá chegar, já mas comeram todas, os gulosos. Dá licença”, pede. Eva sugere a Antónia que saia, mas ela diz que quer falar com o doente e pede para ficar sozinha com ele.
Já a sós com o amigo, ela volta a fazer conversa. “Não sabia que conhecia o Padre Elias…”. “Eu também não. Parece que nos conhecemos há algum tempo… Mas a senhora ainda não se apresentou”, responde Pedro. Antónia apresenta-se então e ele diz-lhe que não precisava de o ir ver, mas a vilã justifica-se: “Nós somos amigos. Eu não tenho muitos, mas nos últimos tempos aproximámo-nos… Por causa da minha doença. Eu tenho Parkinson. Foi diagnosticado há pouco tempo e ainda estou a aprender a lidar com a doença”. “Não sabia… Mas eu também não sei nada, por isso é natural…”, riposta o amado de Clara. A vilã baixa a guarda e acaba por afirmar que sente que pode confiar nele. “Não me pergunte porquê… Às vezes é mais fácil abrirmo-nos com alguém que não seja próximo. Há menos julgamento…”, continua, mas acaba por se levantar e pegar na mala, saindo. Afinal, não engoliu a desculpa do padre e não vai descansar enquanto não descobrir tudo.