Quando estão prestes a poder ser felizes, Pedro e Clara vão ter novamente motivos para repensar o futuro. Tudo acontecerá em breve, já depois de ele ser internado de urgência. Completamente recuperado, o milionário pede-a em casamento e ela aceita. Para darem a boa nova aos amigos, decidem dar uma festa de noivado. Ao saber do sucedido, Bento oferece a sua casa para ser o palco para esse momento, uma vez que reuniu provas para o denunciar à própria filha.
Na sala, estão vários convidados a aguardar a chegada da futura noiva. Ao ver Lourenço no local, Pedro estranha e comenta com Romeu e Eva, que o aconselham a ter calma. Ele acaba por ir ter com o irmão e avisa-o: “Espero que não aproveites aoportunidade para fazer porcaria”, diz-lhe, referindo-se a uma ex-namorada que este desenterrou para o tentar separar. “Estás completamente enganado. A Melissacontou-me uma história do arco da velhaque só pode ter saído de uma cabeçadoente.Se fosse a ti, procurava ajuda profissional.A miúda é mesmo passada”, solta. “Estou a tratar disso. E quanto a ti, lembra–tede que eu posso sempre denunciar-tepelo atropelamento”, insiste Pedro, acabando por voltar para junto dos seus amigos.
De repente, Clara desce as escadas com um deslumbrante vestido cor de rosa. As amigas acompanham-na e Pedro cruza o olhar com o dela, aproximando-se e trocando um beijo. Bento inicia então o seu discurso. “Meus amigos, obrigado por estarem aqui connosco. Quando se tem uma filha única,é difícil partilhá-la com alguém. Deixá-la ir.Por isso, é compreensível que eu tenhatomado todas as precauções. Mas em boahora o fiz”, começa por dizer, olhando para a filha. “Tu vais desculpar-me se fuicauteloso demais. Lembra-te de que tudo oque eu faço é para o teu bem.Eu preferia não revelar isto hoje mas,infelizmente as informações que pedi, nãochegaram antes”, prossegue, pegando numa pasta com documentos. Pedro gela e a professora pergunta-lhe ao que se refere. “Mais uma vez, desculpa-me. E desculpem–metodos, mas isto é necessário. Porque eunão posso entregar a mão da minha filha aum homem com o passado do PedroValente. A um canalha que fez o que elefez”. Irritada, ela reage: “Eu sou muito parva por ter confiado em si.Já devia saber que estava a prepararalguma coisa contra o Pedro…”. “Eu só tentei proteger-te! E o que aqui está,só mostra que estava certo. Nesta pasta está o que pode vir a ser o teufuturo, se insistires neste casamento. Vê!”, insiste o malvado, entregando os documentos à filha.
Fora de si, ela recusa-se a ver e diz confiar no noivo, atacando o pai. “Obrigada pela sua preocupação mas eunão estou interessada em ver nada do queaí está. Eu confio no Pedro.Já no pai, sei que não posso confiar. Nemagora, nem nunca mais”, grita, atirando com a pasta para cima do sofá. A pasta acaba por se abrir e caem alguns folhetos de agências de viagens. Bento fica estupefacto e Antónia provoca: “É isto que pode ser o futuro daClara, se insistir no casamento com oPedro? Um cruzeiro de sonho nasBahamas. Quanta generosidade, Bento…”. O vilão tira-lhe o folheto da mão e nem sabe o que dizer, quando Pedro começa a gritar por Clara, que acaba de desmaiar.
Preocupada, Magda escolta a amiga e ajuda-a a levantar-se, levando-a para o quarto. “Isto nunca me aconteceu”, diz a professora. “Também nunca tiveste um pai a ensaiar umnúmero daqueles na tua festa de noivado. Mas agora tens de descansar”, reitera a médica, enquanto Pedro quer justificar-se à amada, mas a ex-amante de Bento pede-lhe que saia. Ele acaba por se ir embora e a maestrina confidencia: “Alguma coisa se passa. Eu quisevitar… Quis poupar ao Pedro uma humilhação pública, mas alguma coisa omeu pai descobriu”. Magda reitera que na pasta não estava nada e descansa a amiga. “O que tu fizeste foi incrível. E a maiorprova de confiança que alguém pode dar.Por isso, continua a confiar no Pedro”, aconselha.