O brutal incidente que vai deixar Matias à beira da morte vai coincidir com um novo capítulo na vida dos seus pais. Frederico fala com a mulher e pergunta-lhe se pode voltar para casa. “Quando quiseres”, responde ela, com um ar enigmático e nostálgico. Mas, para surpresa do psicólogo, decide sair ela de casa e muda-se para casa dos pais. Ao chegar lá é recebida por Sérgio, que a abraça e lhe diz que pode ficar o tempo que quiser.
No dia seguinte, Natália vai ter com Gabriel para terem uma conversa. “Ontem foi um dia horrível… mas muito esclarecedor. Um filho muda a nossa vida”, começa por dizer a irmã de Olga, prosseguindo: “E eu vou ficar com este. Independentemente das circunstâncias, quero este filho mais do que tudo no mundo”. O amante olha-a, sorridente e chama-a de brava. “Quanto a nós”, continua ela, mas não acaba a frase, pois começa a sentir uma forte dor nos rins e no baixo-ventre. O pai de Rita apercebe-se e logo a tenta ajudar. “O que é que estás a sentir?”, questiona. Ela tenta disfarçar: “Está tudo bem, foi só uma pontada. O corpo a queixar-se de falta de descanso e de stress. Não te preocupes”, solta. Mas Gabriel não aceita e diz-lhe que têm que ir à urgência e que a leva. Ela não quer, mas o psicólogo ignora-a e pega nas coisas dela para sairem. “Depois do médico falamos sobre nós”, promete ele.
As dores são mais intensas e Natália é mesmo levada de urgência para o hospital. Ma chega à unidade de saúde é sujeita a vários exames e terá que ficar internada, enquanto aguarda pelo resultado. “Foi só um mal-estar… o meu filho está internado, tenho tido uns dias complicados”, começa por dizer a filha de Ana ao obstetra. “Queríamos ter a certeza de que está tudo bem com o feto. E com a mãe”, aponta o amante. A médica passa a sonda pelo abdómen de Natália e tem um ar cada vez mais sério. “Os pais são sempre mais ansiosos do que as mães. Vamos lá ver por que é que não deteto movimento…”, completa o profissional de saúde, deixando-os cada vez mais ansiosos.
Horas depois, já mais aliviados, Gabriel comenta que a amada tem mesmo que descansar, mas ela nega. “Eu fico bem, fica descansado”. “Preferia que me deixasses cuidar de ti”, insiste o psicólogo. “Essa responsabilidade agora é minha. Podes ir tranquilo, se me voltar a sentir mal, estou no sítio certo…”, afiança Natália. Gabriel riposta: “Eu vou. Mas, se quiseres, volto. E toma conta de ti. Dessa criança. Eu vou cuidar do teu filho. Prometo”. Emocionado, diz ainda: “Ouvi o coraçãozinho dele. Não me interessa o que um teste de sangue possa dizer, quero vê-lo crescer. Criá-lo contigo”, pede, deixando-a emocionada.