
Em “Quero é Viver”, as emoções continuam a aquecer. Desta vez foram João Gadelha e João Bettencourt a protagonizar cenas bastante íntimas. As personagens gay envolvem-se, traindo os respetivos companheiros. Os dois atores contam à TvMais como foi gravar estas cenas.
“Conhecemo-nos nesta produção e ficámos grandes amigos. Até vamos jogar ténis juntos às terças-feiras. Estávamos num ambiente de amigos e a pensar: Olha, vamos ter de fazer isto”, afirma o Fábio da novela, acrescentando: “Interpretamos uma história de amor, duas pessoas que estão atraídas, seja física, intelectual ou emocionalmente. É irrelevante ser com um homem ou com uma mulher. Temos de aceitar e perceber a mensagem que estamos a passar”.
Também o Matias da novela da TVI garante que tudo foi feito com grande naturalidade: “Foi, penso eu, a terceira cena que gravámos juntos ao longo da novela. Enquanto atores temos de estar disponíveis para tudo. As cenas são muito bem coreografadas. O realizador diz o que temos de fazer em cada fala”. E foram difíceis de gravar? “Foi fácil porque já somos amigos e temos confiança um com o outro. Como são cenas mais sensíveis ao nível da intimidade vamos apoiar-nos.”
Os dois atores – além de Filipe Vargas (o José Luís da história) e Diogo Sérgio Carvalho (Tomás) – têm recebido muito apoio da comunidade LGBTQIA+. “Tanto eu como o Filipe Vargas não recebemos nenhum tipo de ódio por mensagens. E até estávamos à espera que pessoas homofóbicas se manifestassem. Tivemos pessoas da comunidade gay a dizer ‘ainda bem’ que a televisão portuguesa – neste caso a TVI – trouxe à ficção aquilo que é a realidade há muito tempo. Mas, às vezes, há falta de coragem em chocar certas pessoas. O feedback tem sido muito positivo”, conta João Gadelha.