
Catarina Furtado falou abertamente sobre as frustrações que sente em relação aos programas de televisão de maior sucesso atualmente, como os reality shows, durante uma conversa com Bernardo Mendonça no podcast “A Beleza das Pequenas Coisas”. E foi durante a entrevista que a apresentadora também lançou farpas a outras figuras do meio. Na participação no podcast, Catarina Furtado assumiu que não gostaria de estar no lugar de alguns colegas da televisão, como os diretores de programas.
Em primeiro lugar, Catarina falava sobre como considerava que a televisão atual “deforma” e “vampiriza”. Foi neste momento que Bernardo Mendonça quis saber se a apresentadora sente-se solitária neste caminho televisivo, tentando ir contra aquilo que considera mal. “Não me sinto solitária. Se tu me confrontas com essa pergunta eu tenho que fazer o exercício de pensar quem é que são os meus amigos deste meio? Ups. Talvez seja esta a resposta”, disse. Logo em seguida, Catarina fez a ressalva: “Mas tens o Malato!”
Então, Catarina Furtado revelou que não gostaria de estar no lugar de outros colegas da televisão, que comandam formatos com maior audiência. “Não tenho grande interesse em ser muito popular. Não tenho comparação à popularidade de outras pessoas que fazem os reality shows. Porque continuam ser, de facto, os formatos de maior visibilidade. Mas eu não tenho a ambição de fazer uma coisa com a qual eu não me identifique só para ser mais popular.”
“Estar a dirigir uma grelha? Boring”
Na sequência, Bernardo Mendonça quis saber se a apresentadora não gostaria de assumir um cargo como o de diretora de programas, para assim poder mudar aquilo que considera necessário. “Não tenho mesmo o apelo do poder”, respondeu, em primeiro lugar.
“O poder que eu sinto, e sinto sem falsas modestias, é quando consigo mudar as vidas das pessoas. E esse poder tenho feito, são 22 anos com as Nações Unidas, 12 com a Corações com Coroa. Isso é um poder brutal que eu sinto”, disse ainda. Então Catarina Furtado explicou que também não se sente seduzida pelo cargo porque considera que este é um poder “que vem de uma coisa que é mais efêmera… Não é um sonho ficar para além da minha vida. Eu tenho uma vontade gigantesca de viver o presente.”
Entretanto, Catarina destaca: “Fazer uma grelha tem imensa importância, dá imenso trabalho e chega às pessoas. Mas não é desafiante para mim. Embora para muita gente possa ser, e eu compreendo, um grande desafio. Para mim, talvez, a televisão não seja um grande amor. As pessoas são um grande amor para mim.”
Por fim, a apresentadora justificou o último motivo pelo qual não gostaria de assumir a função de diretora de programas. “Não iria viver bem. Insônias, gestão de equipas, pessoas, pressão… Afastar pessoas, resultados constantemente, pressionar pessoas, em prol de audiências”, disse. “Mais vale estar afastada, e ter alguma insatisfação. Os Príncipes do Nada não estão no ar e eu estou muito triste com isso. Mas é uma coisa que é gerível. Agora, estar a dirigir uma grelha? Boring. E sem vida.”