As fãs de Tony Carreira já podem começar a contar os dias para ver a minissérie que retrata a vida do cantor desde a infância até à idade adulta. A estreia é a 7 de dezembro, na TVI, mas o “rei” dos românticos já viu todos os episódios e revela a sua parte favorita. “Gostei muito de me ver em pequenino. Os putos estão muito bem”, diz o cantor, referindo-se às participações de Gabriel Conde e Duarte Estrela, elogiando os restantes atores. “A minha mãe também está muito bem”, realça sobre Cleia Almeida, que dá vida à matriarca da família Carreira.
Tony Carreira está orgulhoso da nova aposta da TVI, em que é o grande protagonista do início ao fim. “Agradeço o privilégio de ter uma minissérie que conta a minha história, sinto mesmo que é um privilégio num país tão pequeno como o nosso e não quero opinar sobre o trabalho que está feito para não influenciar as pessoas”, sublinha, ele que conta ter-se mantido à margem da produção e realização de “Tony”, que se prolongou por um ano. “Não assisti às gravações nem dei sugestões de nomes de atores. Apenas pedi que, se possível, a minha infância fosse gravada na Pampilhosa da Serra, a minha terra, já que teria de ser gravada num sítio qualquer.”
O intérprete de “Sonhos de Menino” acabou por ser surpreendido ao assistir ao visionamento de “Tony”, cujos episódios vão ser emitidos semanalmente, ao sábado, à noite. “Só vi o filme no fim, quando já estava tudo feito e não havia maneira de voltar atrás”, admite, com um sorriso, e acrescenta: “Só descobri quem era a minha mãe, o meu pai e o meu avô quando vi. Eles falaram com os meus pais e com o meu irmão e acho que isso é muito mais interessante do que ter o meu olhar”.
Tony Carreira já viu a minissérie sobre a sua vida
Além do desempenho dos atores, o cantor gostou de rever os sítios da sua infância, onde já não vai há quase quatro anos, depois da morte trágica de Sara, a 5 de dezembro de 2020. “Sensibilizou-me ver aquelas paisagens magníficas da minha terra. Já não vou lá há uns tempos, desde a partida da minha filha. A Sara gostava muito de lá ir. Mas o filme despertou em mim a vontade de lá voltar. Tenho saudades daquela gente, dos rios em que atirava pedras e das serras”, confidencia.
Se Tony Carreira fez apenas um pedido, ele também fez uma única exigência, como faz questão em partilhar: “Que tivesse um orçamento decente para ser bem feito. Não sei qual foi o orçamento, porque isso não me compete a mim, mas sei que foi respeitado porque o filme tem muita qualidade”. E com boa disposição, durante a apresentação de “Tony”, atira: “Desconfio que a despesa foi grande”.
Além de ter, agora, a sua vida e carreira retratada numa minissérie, que além da TVI vai ser também emitida pela Prime Video, Tony Carreira pretende passar uma mensagem aos sonhadores. “É uma mensagem acerca de sonhar. Com trabalho, a coisa pode acontecer”. E recorda: “Quando comecei a gravar, fazia-o com o pouco dinheiro que tinha. Até que, um dia, chegou uma editora, que começou a pagar as minhas gravações. Lembro-me de pensar: ‘Como é possível alguém pagar para eu gravar?’ Não é falsa humildade, mas é exatamente o que sinto hoje, como é possível alguém pagar, e desconfio que a despesa foi grande, para gravar a minha vida”.
A 6 de dezembro realiza-se a “Gala dos Sonhos”, com apresentação de Manuel Luís Goucha, no Campo Pequeno, em Lisboa, e Tony Carreira congratula-se pelo trabalho feito pela Associação Sara Carreira. “Espero que corra bem e seja um sucesso. Tenho muito orgulho na associação da minha filha e nos valores que estamos a defender. Algumas jovens já estão formadas e a iniciar a carreira profissional. É a causa que eu quero defender para sempre”, conclui.