O dia 24 de agosto ficará para sempre marcado na vida de Nuno Mota. O jovem recebeu notícia da morte do seu pai, Luís Mota, de 44 anos. “Não estava mesmo nada à espera disto, estou devastado”, disse ao telefone, chorando compulsivamente. “Não sei o que hei de fazer à minha vida”, desabafou, visivelmente chocado com o facto ter perdido uma das pessoas mais importantes da sua vida.
A saúde do empresário não estava bem há cerca de um ano, altura em que se começou a queixar de dores no peito. Luís manifestava ainda algum cansaço, que nos últimos dias era mais evidente. “Era notório que ele não estava bem nos últimos tempos, mas era uma pessoa muito reservada, nunca perguntei nada sobre o estado de saúde, só dizíamos bom-dia e pouco mais”, conta uma vizinha, que vive perto da família.
Luís foi aconselhado pelos familiares mais próximos a dirigir-se ao hospital, mas a sua personalidade e teimosia ditaram o pior cenário. No dia 24, ainda tentou trabalhar na sua empresa de transportes, para mais um serviço de mudanças, que nunca chegou a acontecer. Luís sentiu-se mal e foi de imediato reencaminhado para o Hospital Beatriz Ângelo, em de Loures. Os médicos que o assistiram tentaram reanimá-lo por mais de uma hora, mas a paragem cardiorrespiratória tornou-se fatal. Luís faleceu às 16 horas. Nuno dirigiu-se de imediato para Lisboa, com a namorada, Vanessa, quando recebeu a notícia da entrada do pai no hospital. “Não fazia ideia de que o meu pai estava tão doente. Quando percebi a gravidade da situação fui logo para o hospital, mas já não cheguei a tempo… ele já não estava cá”, explica Nuno, desolado. “O que me custa é saber que nunca mais vou dizer a palavra pai.”