Vamos, antes de qualquer coisa, perceber – fazer esse esforço – que Bárbara Guimarães, antes de ser celebridade, mulher de alguém, é uma mãe. Uma mãe que esta semana viu a sua intimidade invadida ao mais ínfimo detalhe numa carta escrita pelo filho. É preciso especial atenção também a isto: Dinis é menor de idade e terá escrito um e-mail à progenitora, que está nos autos do processo e que foi agora tornado público. Estamos numa espécie de selva mediática onde podemos ferir de morte. Não vou questionar se é verdade a carta – acredito que o seja – mas também consigo perceber que existem muitas nuances sobre ela. O que questiono aqui é se faria sentido ser divulgada publicamente? Penso que não! Isto é fazer mal por fazer. Não é informar. O que está naquela carta interessa ao pai, à mãe, ao filho e, no limite, interessará ao tribunal na hora da decisão. Aos leitores de uma revista não importa, e por muito curiosos que sejam – como eu sou! – se tiver de escolher entre ler uma carta escrita por um menor, num momento de revolta emocional, e poupar a humilhação pública de uma mãe, não hesito: poupo a mãe!