Absolvido. Manuel Maria Carrilho foi considerado inocente dos crimes de violência contra a ex-mulher, Bárbara Guimarães, durante o casamento. A juíza Joana Ferrer, que chegou a pedir para ser afastada do processo depois das acusações de parcialidade, sentenciou que a apresentadora é uma mulher independente, capaz e autossuficiente em termos financeiros, pelo que não faria sentido, à época das agressões, continuar com o marido em vez de proteger os filhos.
O ex-governante fica assim absolvido de novas alegações de violência, depois de em outubro ter sido condenado a quatro anos e meio de pena suspensa por casos ocorridos após a separação do casal. Neste novo processo, Manuel Maria Carrilho é considerado culpado apenas pelos crimes de difamação, visto ter exposto publicamente o alegado problema de alcoolismo de Bárbara Guimarães. Por esta condenação, o ex-ministro fica obrigado a pagar uma multa de 3900 euros.
Sobre a violência, a juíza sentenciou que, “perante a realidade trazida ao tribunal, prova pericial inconclusiva e perante uma prova testemunhal abundante, mas que não foi capaz de sustentar a acusação, não resulta da matéria de facto provada que o arguido tem cometido o crime de violência doméstica”. Resultado: absolvição.
Recorde-se que Joana Ferrer foi criticada – e o seu afastamento pedido por Bárbara Guimarães – após “um conjunto de expressões utilizadas” que a apresentadora e o respetivo advogado consideraram parciais. Exemplos? Tratar a queixosa por “Bárbara” e o arguido por “Senhor Professor” ou referir que lhe causava “alguma impressão a atitude de algumas mulheres” vítimas de violência, aludindo ao facto de a apresentadora ter criado a ilusão de que tudo estava bem no casamento mesmo quando vivia aterrorizada.
Até ao momento, ainda não são conhecidas as reações de Bárbara Guimarães e do seu advogado. Já Manuel Maria Carrilho considerou, à saída do tribunal, que “se fez justiça“, congratulando-se pelo “fim de um calvário de quatro anos“.