Dias depois da norte-americana de 13 anos Jayme Closs ter sido encontrada, novos detalhes do caso estão a ser revelados pela polícia. A menina estava desaparecida desde o dia 15 de outubro, quando os seus pais foram assassinados em casa. Os detalhes do plano do seu sequestrador foram divulgados num documento de acusação preparado pela Polícia, que tem sob custódia o suspeito Jake Thomas Patterson, de 21 anos.
O Plano
Tudo começou a ser planeado quando Jake viu Jayme na paragem do autocarro. “Quando Jake a viu, soube que esta era a menina que levaria”, disseram os investigadores. Segundo o relatório da polícia, o acusado rapou os cabelos e a barba, limpou a arma do crime e substituiu a placa do seu carro por uma roubada para evitar a sua identificação. Jake vestiu-se de preto e removeu o mecanismo do porta-malas do carro que permitia que o compartimento fosse aberto por dentro, e invadiu a casa dos Closs com o único objetivo de raptar Jayme.
Quando chegou à casa, Patterson encontrou James Closs, o pai de Jayme, do lado de fora da casa. Segundo a polícia, o acusado mirou e atirou na cabeça do homem de 56 anos. Depois invadiu a casa e encontrou Denise, de 46, mãe de Jayme, e a adolescente de 13 anos juntas, escondidas dentro da banheira. Patterson usou fita cola para prender Jayme, tirou-a da banheira e atirou em Denise em seguida.
O homem colocou Jayme no porta-malas do seu carro e foi embora. Patterson disse aos investigadores que no caminho passou por um carro de polícia que vinha atender à chamada de socorro feita por Denise alguns segundos antes de ser assassinada.
Cativeiro e tortura
A menina foi mantida em cativeiro em baixo da cama de Patterson, que colocava cestos de roupa com pesos ao redor da cama para evitar que Jayme fugisse. À polícia, a adolescente contou que “Patterson deixou muito claro que ninguém poderia saber que ela estava lá, do contrário algo muito mau poderia acontecer com ela.” Quando visitas apareciam, o acusado colocava música alta no quarto para que ninguém ouvisse a menina. Jayme contou à polícia que chegou a passar períodos de 12 horas sem água, comida e poder ir à casa de banho, e que “às vezes, Patterson ficava zangado com ela, batia-lhe ‘com força’ nas costas com algo que Jayme descreveu como um cabo para limpar persianas e que doía muito.”
A fuga
No dia 10 de janeiro, Patterson disse à Jayme que sairia por um período de cinco a seis horas. Foi quando a jovem conseguiu sair de debaixo da cama e fugir da casa. Segundo o relatório da polícia, Jayme “saiu da casa e andou em direção à estrada até uma senhora que passeava com um cão.” A mulher levou Jamie a uma casa próxima de onde ligaram à polícia.
Segundo a acusação, a polícia parou o carro de Patterson perto da sua casa, e as primeiras palavras que o homem disse foram “Fui eu”. A polícia acredita que quando o homem foi parado, estava a procurar Jayme.
Depois que foi encontrada, a menina foi encaminhada aos cuidados de um hospital, e já está em casa com a tia.