Foi Neco em “O Astro” e logo depois começou a gravar “Gabriela”, em que dá vida ao turco Nacib. Humberto Martins falou com a tvmais nos estúdio da TV Globo, no Rio de Janeiro, Brasil, e confessou estar numa excelente fase da sua carreira. “Acho que o Nacib é um degrau acima. ‘O Astro’ já era um produto consagrado, a personagem também o foi, graças a Deus, e ‘Gabriela’ veio coroar. São duas obras marcantes na minha carreira pelas diferenças entre as personagens”, confessou o ator de 51 anos, que passou de um vilão para o protagonista simpático da novela da SIC. “Para mim, a responsabilidade é a mesma, independentemente do ‘tamanho delas’. Não tem a ver com o volume da personagem, de ser maior ou menor”, garantiu Humberto, que interpreta a personagem que há 35 anos foi de Armando Bógus, ator com quem contracenou em “Pedra Sobre Pedra”, em 1992, e que já morreu. “É muito especial fazer a personagem que foi do Armando. A nossa amizade durou pouco, mas, pelos desígnios de Deus, vejo que ainda estamos ligados”, revela, confessando que foi buscar alguns pormenores do trabalho do colega como espécie de homenagem, viu cenas e procurou algumas imagens. “Queria fazer igual, mas não é possível. Somos pessoas muito diferentes fisicamente. Ele teve de colocar coisas mais fortes na composição para chegar a um Nacib com a segurança de ter uma Gabriela”, explica. Já ele, fez o contrário, “Tive de amenizá-lo, torná-lo mais baiano, mais molenga.”
Humberto Martins acredita que a inocência da história de amor do casal continua a ser o segredo para o sucesso da novela. “Porque é um amor muito puro… A Gabriela e o Nacib são duas personagens puras, muito diferentes de qualquer sociedade. Por isso é que a história se torna atual”, explicou, confessando não recordar muito da “Gabriela” original. “Acho que me recordo de três cenas. Jogava muito futebol na época e não prestava muita atenção à novela”, atirou, para logo de seguida elogiar a colega Juliana Paes. “Mas acho que a Juliana é uma Gabriela perfeita. Imagino a Gabriela assim, como ela. É maravilhoso gravar com ela e é fácil”, revelando que a ela é uma pessoa muito divertida, cúmplice e amiga. “Conversamos sobre várias coisas e de uma forma sempre leve. Acima de tudo, esta personagem está a deixá–la bem moleca, e acaba por ficar ainda mais engraçada”, assegurou.
As cenas íntimas são frequentes e Humberto confessa que, ao contrário do que se possa pensar, não se tornam mais fáceis de fazer com a idade. “A Juliana é bastante acessível nessas cenas”. Ambos sabiam que iriam ser assim, porque antes de o projeto começar já lhes tinham explicado. Disponibilizámo-nos e é tudo feito com profissionalismo e respeito. Ela sente-se bem mais à vontade do que eu nessas cenas ousadas”, assegurou Humberto, justificando: “Com o passar dos anos torna-se mais difícil. Acho que a maturidade faz com que uma pessoa fique mais envergonhada. Quando somos jovens, somos mais ‘atirados’, é mais fácil”.