Dois maços de cigarros por dia, falta de cuidado com a alimentação, excesso de peso e de trabalho conduziram José Carlos Malato, 49 anos, a um internamento de urgência, após passar “dois dias enfartado”. Já em casa, o apresentador explicou à tvmais o que aconteceu. “Tinha uma dor nas costas e sentia um peso enorme, também nas costas. Andei assim dois dias e como tenho o mau hábito de me automedicar, encharquei-me em comprimidos, julgando tratar-se de algum problema na coluna”. Ainda sobre os sintomas, Malato chegou a brincar com o assunto e quando foi à urgência do Hospital CUF Cascais, disse ao seu médico assistente: “Acho que estou a ter um enfarte nas costas. Assim que me observou, o médico disse-me: ‘não gostei dos seus exames e mandei chamar a cavalaria’. A ‘cavalaria’ resultou na transferência para outro hospital, CUF Infante Santo, onde me realizaram uma coronariografia. Precisamente o que fizeram ao meu pai. Só que a mim aconteceu-me com menos dez anos do que a ele”.
Já restabelecido do susto inicial, o apresentador sabe que o problema se deveu ao estilo de vida descuidado. “Desleixei-me com a saúde em prol do trabalho. Há um ano, perdi cerca de 25 kg, mas depois o trabalho muito intenso fez com que voltasse a ganhar peso.” E o anfitrião de “Portugal no Coração”, na RTP1, tem um historial familiar complicado. “De cancro, enfarte ou AVC, um deles há de ser. A minha mãe teve cancro, o meu avô morreu com um enfarte fulminante e na minha família somos todos hipertensos”.
É por isso que Malato sabe que não pode vacilar. “Os médicos disseram-me que para já tenho de me mexer, caminhar entre 30 a 45 minutos, moderadamente. Peciso de voltar a ter cuidado com a minha saúde. Vou tentar deixar de fumar outra vez e tenho de perder 15 quilos.”
Com um bom humor impressionante, o apresentador, que esteve a cantar durante as três horas e meia que duraram os procedimentos médicos para desentupir as artérias e em que lhe foram colocados três stents, deixa o aviso: “Sei que tenho de ter cuidado, mas se me der alguma coisa, já pedi para não me reanimarem. Não posso fazer uma data de coisas, por isso, para ter uma vida que é uma seca, já avisei: não me acordem!”.