
É quase impossível escapar ao videoclip ‘Tequila’, de Carlos Costa, que se tornou viral nas redes sociais.
Quer se goste ou não, a verdade é que ninguém ficou indiferente ao vídeo e o artista sentiu que chegou a hora de falar sobre a polémica.
Carlos respondeu aos críticos com outro vídeo, de 10 minutos, no qual lamenta os ataques e o preconceito de que é alvo, tanto de anónimos como de outros profissionais.
“Não julgo quem ainda não conseguiu perceber que isto não passa de uma brincadeira, de uma parvoice, estudada ao pormenor para causar uma reação em massa e para alertar as pessoas de que eu, Carlos Costa, estou de volta à indústria discográfica”, explicou. “Até compreendo que não perebam a minha linguagem artística, mas (…) é muito grave ler comentários que me tentam ofender pela minha orientação sexual. No fundo, os gays não têm culpa nenhuma das loucuras das minhas personagens”, continuou. “É grave que, apenas que apenas por causa de um videoclipe musical, as pessoas demonstrem que ainda vivemos num mundo cheio de ódio por tudo o que foge aos parâmetros considerados normais”.
“Afinal, é suposto ser igual a tudo aquilo que já existe? Será que temos mercado no nosso pequeno país para sermos todos iguais uns aos outros?”, questiona. “Eu lancei um álbum em 2013 chamado Raio de Sol, armado em ‘menino bonito’, e o vídeo mais visto teve apenas 100 mil visualizações”, acrescentou. “A minha pequenina carreira é motivo de orgulho para mim, pois enquanto o ‘menino bonito’ apenas tem que dar aos dedinhos numa guitarra e cantar umas cançõezinhas, eu tenho que lutar, dançar, representar, vestir, despir, compor, escrever, criar, investir, maquilhar, pentear, escolher, produzir, realizar, coreografar, contratar, cantar, convencer e ainda lidar com uma série de preconceitos e ataques pessoais constantes!”
“A minha carreira vale o dobro para mim! Tive que trabalhar a dobrar e sozinho, pois ninguém acreditava – nem acredita – em mim”, explicou. “Ninguém me veio dizer o que fazer nem como fazê-lo, pois todos na indústria musical me olhavam, e ainda olham de lado”, continuou. “Se eu bater à porta de uma editora, a probabilidade de levar com ela na cara é gigante. Ninguém acredita no meu trabalho. Afinal, será que eu valho menos enquanto cantor e artista apenas por me expressar de maneira diferente?”