Oregresso de João Manzarra ao entretenimento da SIC já aconteceu com “Just Duet – O Dueto Perfeito”. Depois, em maio, será o anfitrião da Gala dos Globos de Ouro. “Fiquei contente quando me chamaram, é um trabalho que quero muito fazer”, diz. Depois de quase dois anos afastado da televisão, quisemos saber o que andou a fazer. “Não estive de férias. Felizmente, tenho a oportunidade e o privilégio de ocupar a minha vida com coisas que me dão muito prazer, como é o caso dos meus negócios”, explica.
Manzarra apostou no crossfit e já é sócio de três espaços em Lisboa, e mais recentemente abriu um hostel na Ilha do Baleal: “Decidi criar este pequeno negócio e conciliar aqueles que são talvez atualmente os meus maiores interesses na vida: o surfe, o ioga e boa comida vegana [que não inclui produtos de origem animal].”
A alma de empreendedor do apresentador não fica por aqui. Em junho, vai realizar um outro desejo: “Fui à procura de um talho para o transformar num restaurante vegano, mas acabei com algo mais avançado. Este espaço vai ser uma loja e uma cafetaria vegana. Vou vender produtos que não recorrem à exploração animal”.
É precisamente aí que se deixa fotografar, no meio do entulho das obras de recuperação de um prédio lisboeta antigo. “Este projeto representa muito aquilo que eu sou”, garante.
Há cerca de três anos, o apresentador anunciou publicamente que ia deixar de consumir produtos animais, tanto na alimentação como na roupa e acessórios do dia a dia. “Por acaso, a capa da manete de mudanças do meu carro é de pele…”, diz, pensativo. Desde então, mudou o estilo de vida e, para “ser coerente”, até se desligou da petisqueira Matateu, de que era sócio, onde se serviam pratos de carne. Para muitos, esta mudança pareceu estranha e até radical. “Já me gozaram, claro. Mas esta causa para mim é muito séria. Às vezes dizem que sou freak ou que fritei e eu rio-me e respondo que se fritar é isto que estou a viver agora, foi a melhor coisa que me podia ter acontecido. Sou feliz todos os dias e quero ser freak até ao fim dos meus dias!”
Para quem o encontra na rua, a mudança mais imediata é o cabelo comprido e desgrenhado que agora usa, diferente da imagem “certinha” que costumamos ver na televisão. Será que o vai cortar? A rir-se, garante: “Até agora, ninguém me pressionou para isso, mas a verdade é que não o vou fazer. Até aceito tirar a barba, mas o cabelo não quero cortar. Quero andar assim, com a minha guedelha”.
A alimentação vegana e a prática do ioga são agora uma parte essencial do quotidiano de Manzarra, que não tem dúvidas de que hoje em dia tem uma vida muito mais aberta e saudável. “Nesta fase em que fui mais dono do meu tempo, aproveitei para dedicar-me a algumas atividades como o surfe, o ioga e o crossfit. A minha vida, de repente, é muito física, mas tudo isto se transporta para a alma e sinto-me melhor do que nunca”, conta, orgulhoso por se ter tornado uma pessoa disciplinada. “Faço ashtanga yoga com um professor e em casa pratico sozinho: ponho a música bem alta, e só de roupa interior faço diariamente a minha rotina de uma hora.” E talvez não fique por aqui: “Possivelmente, farei um curso de professor de ioga, já me passou pela cabeça.”
Quanto à alimentação, explica, sempre gostou de comer e o facto de se ter tornado vegano não alterou isso. “Agora, tenho uma alimentação mais colorida e variada.” E até na roupa que usa evita os produtos de origem animal e, apontando para os pés, diz-nos: “Estes ténis são feitos à base de fibra de ananás”.