Ao primeiro “marido televisivo”, Cristina Ferreira juntou o segundo. Se de manhã se encontra com Manuel Luís Goucha, numa parceria que já comemorou mais de uma década e continua imparável, à tarde o eleito é Pedro Teixeira, com quem divide o concurso “Apanha se Puderes”. “Tenho assumidamente dois maridos e sou muito feliz com ambos, sou mesmo uma verdadeira sortuda”, brinca a apresentadora, que junto do mais novo revelou à TvMais todos os segredos, brincadeiras, discussões, cumplicidades e admiração que os une. “Juntos para a vida”, garantem.
O primeiro encontro
Cristina Ferreira: Não me lembro qual foi. Deve ter sido na TVI. Também temos amigos em comum. Passámos a encontrar-nos e surgiu a amizade, mas ficámos mais próximos quando ele esteve em “Dança com as Estrelas”, primeiro como concorrente, depois ao meu lado como apresentador. Gosto mesmo muito do Pedro.
Pedro Teixeira: Não sei quando foi, presumo que tenha acontecido nas galas da TVI, mas posso garantir que é uma grande amiga.
Parceria para a vida
C.F.: É um dos meus meninos, como a imprensa gosta de dizer. E foi o meu primeiro menino. Cá estamos, juntos e vamos estar também no verão com “Somos Portugal – Especial”. Tenho a certeza de que é para a vida inteira. Não sei explicar como é a nossa parceria. É como se estivéssemos em casa e isso é muito bom.
P.T.: Sou um privilegiado por ter a Cristina ao meu lado. Tem sido uma excelente professora. Quando comecei a fazer novelas, ficava a olhar para o Ruy de Carvalho, para a Alexandra Lencastre e pensava: “É assim que se faz, tenho de aprender”. Não sabia nada, vinha de uma área de realização. Com a apresentação foi igual e trabalhar com a Cristina é uma escola para mim. Com ela ao pé acontece sempre algo bom e há sempre surpresas garantidas. É uma boa amiga, uma ótima mãe e uma excelente profissional. Em cada desafio, ela dá mesmo tudo, portanto é um prazer poder estar ao seu lado.
As críticas e discussões
P.T.: Falamos sobre tudo e mais alguma coisa e ela diz-me coisas boas, mas também más e ambas fazem-me andar para a frente. Devo informar que pode ser um bocado violenta, no sentido em que é muito crítica. Diz o que tem a dizer sem meias palavras.
C.F.: Sou muito crítica mesmo! Só assim é que se consegue evoluir. Sempre gostei que me dissessem a verdade e nunca esqueci os erros que me apontaram na minha caminhada. Se dissermos a quem está a começar “está tudo bem”, “estás maravilhoso”, quando na verdade não está, a pessoa não vai evoluir, nem ser melhor. Gosto de apontar os erros como gosto que o façam a mim. E faço asneiras todos os dias, eu própria me critico.
Discussões e provocações
C.F.: Confesso que uma vez discutimos mesmo a sério antes de iniciarmos a gravação do programa. Os nossos colegas até nos disseram: “Vocês ainda vão acabar juntos, porque parece uma discussão de marido e mulher”. Isto porque ambos somos teimosos. Ele teima numa coisa, eu noutra, e depois passamos o dia inteiro a embirrar e era uma coisa sem a mínima importância. Nesse dia, começámos o programa a dizer “estamos zangados”.
P.T.: Ela está mandatada para contar tudo o que quiser (risos)… Mas, sim, já discutimos e provocações, então, não faltam. Quando ela vem com aquele cabelo cheio de caracóis e abre a porta do meu camarim para mostrar, começa a provocação. Aqueles caracóis não são nada!
C.F.: Fazemos tantas provocações. Ele odeia ver-me de caracóis e eu faço de propósito e apareço-lhe assim. Adoro!
A cumplicidade
P.T.: Damo-nos muito bem. Há uma dinâmica enorme entre os dois. Somos divertidos e descontraídos. Mesmo quando estamos a gravar isso passa para quem vê. Fazemos uma dupla que tem resultado.
C.F.: Estou muito satisfeita por poder trabalhar com o Pedro. Acho que foi uma aposta ganha. Embora seja ator, pode crescer como apresentador. As pessoas só crescem se tiverem oportunidades e eu gosto de as dar. Também tive a sorte de me darem a mão e faço-o sempre que vejo alguém que tem capacidade e potencial, até porque não há muito poucos homens na TV. O Manel [Luís Goucha] é o galo desta capoeira e único…
Brincadeiras sem fim
C.F.: Andamos sempre a brincar nos bastidores. Temos uma brincadeira que até já se tornou famosa que chamamos “La Novela”. Estamos sempre a falar espanholês. Somos o Dom Pablo e a Tina. Gravámos alguns momentos e, agora, as pessoas pedem-nos para continuarmos nas redes sociais, só que o ritmo é tão intenso nas gravações que não temos muito tempo. Ele também se tornou o meu fotógrafo de serviço. Tentamos fazer arte mesmo com uma parede branca como cenário. E ando sempre atrás dele a tentar apanhá-lo com as calças na mão.
P.T.: Gravamos quatro programas por dia. Mal seria se não tivéssemos os nossos momentos de diversão e descontração. Temos a novela mexicana e muitos episódios caricatos. Também temos a sorte de a equipa entrar nos nossos disparates. É muito trabalho, mas o ambiente é ótimo.
O que têm em comum
C.F.: O público não gosta só de mim, adora o Pedro. Ele ri, chora, fica nervoso com os concorrentes. Por ele, dava a montra todos os dias. É muito genuíno e engraçado. Ele é encarado como o bonzão, mas na verdade é muito tímido, tal como eu. Ambos precisamos que brinquem connosco para conseguirmos desanuviar um bocadinho.
P.T.: A Cristina ajuda-me a ficar superdescontraído e a ter o meu espaço, porque, de facto, sou tímido e ela também é reservada, embora ninguém acredite.
Energia sem fim… dela
P.T.: Eu acabo de gravar destruído, ela sai aos saltos, pronta para ir para casa brincar com o filho, escrever textos para o blogue, preparar programas. Não faço ideia onde vai buscar tanta energia.
C.F.: Sou organizadinha e aguento bem, desde que tudo à minha volta funcione.
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