Em comum têm o talento, o carisma, o sucesso e… a luta contra depressões no passado. Oprah Winfrey e Ellen DeGeneres falaram agora disso mesmo. Duas das mais importantes e influentes apresentadoras norte-americanas passaram momentos conturbados e em que tiveram de recorrer à ajuda psicológica. Oprah tem 63 anos, um percurso de êxitos em várias áreas e um conhecido problema com a balança. Recentemente, e em declarações à revista “Vogue”, falou de um dos momentos em que a sua relação com a comida foi complicada. Tudo devido a uma depressão vivida no final dos anos 90 e causada pelo fracasso de bilheteira do filme “Beloved”, que ela protagonizava, batido por “Chucky, o Boneco Diabólico”.
“Nunca me vou esquecer daquela manhã de sábado, 17 de outubro”, revelou ao receber um telefonema com a notícia. “Eram dez da manhã… Pedi macarrão com queijo para o pequeno-almoço. Então comecei a refugiar-me na comida e na depressão, a esconder todos os meus sentimentos”, partilhou, revelando que esteve deprimida durante seis semanas e sem perceber ao certo o que se passava: “Era como se estivesse atrás de um véu”.
Vítima de preconceito
Ellen assumiu a sua homossexualidade em 1997 e sofreu muito com isso. A atenção da comunicação social e do público era grande, e nem todos a compreenderam e aceitaram, mais foi entre os seus pares que mais sentiu o preconceito, como explicou a apresentadora, de 59 anos, à revista “Good Housekeeping”. “Todo o bullying que sofri quando revelei ser lésbica compensou a falta dele na minha infância”, afirmou sobre a fase difícil que viveu, marcada pela incompreensão e pela discriminação. O resultado foi um grave problema psicológico. “Mudei-me de Los Angeles e entrei numa depressão profunda. Tive de recorrer a terapeutas e tomar antidepressivos pela primeira vez na minha vida”, contou, sentindo-se injustiçada com o que viveu. “Foi assustador e solitário. Tudo o que conheci durante 30 anos era trabalho e de repente não tinha nada. E mais, estava furiosa. Não sentia que fosse justo. Era a mesma pessoa que todos já conheciam antes”, lembrou, ela que viu a sua série, de sucesso, ser cancelada depois da personagem que interpretava assumir ser lésbica.