
Dedicado à representação há quase quatro décadas (a data irá comemorar-se a 9 de novembro de 2018), Rogério Samora deixou, ao longo dos anos, que a profissão levasse a melhor sobre a sua vida pessoal. Numa conversa franca, o ator da SIC não esconde que vê com agrado esta pausa mais longa – o seu último trabalho foi “Amor Maior” e não tem data para regressar ao pequeno ecrã, ainda que o seu contrato com a estação esteja em vigor ate 2021. “Não foi um momento fácil. Foi doloroso porque estava a refletir, a entrar muito dentro de mim”, começou por afirmar, sublinhando que essa introspeção o levou, numa fase inicial, “a criar depressões”. “Não se pode viver assim: angustiado, triste, numa depressão permanente”, disse. Consciente do seu estado, optou por descansar não só a imagem mas o espírito: “Só tive de dormir, de maio a dezembro dormi muito, tipo cágado, hibernei!”
O sono, aliado a uma nova paixão, o pilates – que descobriu por intermédio de uma amiga e que o levou a “mudar até a alimentação” –, traz agora a público um Rogério diferente, de bem com a vida. “Tenho mais noção de que posso ser mais feliz”, conclui, numa altura que se confessa “sozinho” mas “apaixonado pela vida” e com a certeza que hoje em dia se conhece bem melhor: “O verdadeiro Rogério apareceu agora. Nem eu o conhecia verdadeiramente. Reencontrei-me”.