
Em março de 1993, “Encontros Imediatos” liderava as audiências da SIC. Um formato que levou Maria Vieira – que substituiu Manuela Maria depois da primeira temporada – numa nova aventura: a apresentação. O programa, uma adaptação do concurso norte-americano dos anos 60, “The Dating Game”, tinha um conceito inovador para a altura e, nas palavras da humorista, “foi um sucesso”. Num cenário simples, dividido por uma parede, um rapaz ou uma rapariga colocava questões aos pretendentes. Baseado nas respostas, teria de escolher um dos candidatos. O casal receberia, no final, uma simpática quantia em dinheiro e tinham direito a um encontro romântico.
Nenhum dos encontros promovidos pelo programa terminou em boda, para lamento de Maria Vieira. À atriz cabia a tarefa não só de conduzir o programa mas também de dar alguma graça ao mesmo interpretando diferentes personagens como um Cupido, uma empregada de limpeza natural de Carrazeda de Ansiães ou a Maria Consoada, a mulher do Pai Natal.
“Lembro-me tão bem desses tempos, foi uma boa experiência”, confidenciou ainda à TvMais, sublinhando, porém, não ser “saudosista”. “Tudo o que faço, faço-o com prazer, amor e entrega, e nessa altura não era diferente”, afirmou ainda, recordando que esse era “o tempo das vacas gordas”. “O que ganhei deu para uma casa. Comprámos a nossa casa no Monte Estoril”, recordou Maria Vieira, ao que o marido, Fernando Rocha, acrescentou: “O dinheirinho veio todo daí. Eram bons tempos, recebia-se muito”. “Encontros Imediatos” terminou quando nada o fazia prever.