
Numa altura em que nas salas de cinema portuguesas vai estrear um filme com ela, Alba Baptista anda nas bocas do mundo devido ao seu papel de protagonista na série da Netflix “Warrior Nun”. Aos 23 anos, a atriz é número 1 no ranking do IMDB, sendo a personalidade mais pesquisada nesta plataforma, e tem a crítica, nacional e internacional, rendida ao seu talento. Filha de mãe portuguesa e pai brasileiro, Alba tem dupla nacionalidade. Nasceu em Lisboa no dia 10 de julho de 1997 e sempre quis ser artista, embora outras áreas tivessem chamado a sua atenção antes da representação. Além do português, a jovem é fluente em alemão, inglês, francês e espanhol. Trunfos para a internacionalização a que agora estamos a assistir.
Em conversa com Rui Unas, no seu programa online “Maluco Beleza”, a atriz revelou como lida com o êxito que está a alcançar e toda a atenção que recebe com a sua Ava em “Warrior Nun”. “Já perdi a conta às entrevistas que dei”, disse Alba, explicando como foi o processo até chegar ao papel principal desta série: “Já estava a tentar internacionalizar a carreira há algum tempo, só que, naturalmente, é difícil vencer lá fora, sermos vistos. Houve um dia que, por sorte minha, um agente irlandês viu o meu showreel [vídeo de poucos minutos com vários clipes do seu trabalho] e convidou-me para um festival europeu de cinema”. Aí, Alba, que se sentou com diretores de casting do mundo inteiro que com ela conversaram, conheceu uma dessas profissionais que apostou em si. “Ela olhou para mim e disse que achava que eu ia funcionar, que tinha o perfil.” Foi-lhe enviado um casting, já de cenas de “Warrior Nun”, e pedido para fazer uma self tape (audição gravada e editada pela própria atriz), na qual contou com a ajuda dos colegas portugueses Joana Ribeiro e Nuno Lopes, que também estavam no festival. A partir daí… foi o salto!
“Foi sorte e trabalho, na verdade. O universo abriu ali uma porta”, adiantou sobre esta série, acrescentando: “Uns dias depois de ter mandado a self tape, o criador da série, Simon Barry, ligou-me e disse: Todos nós vimos, aqui na sala de reuniões, e queremos-te, sabemos que és tu, mas ainda não convencemos a Netflix. Porque eles não te conhecem, não tens magnitude lá fora… Vais ter de provar mais o teu sentido de humor. Tive de provar o meu valor um pouco mais e lembro-me que foi por volta das 11 da noite que o Simon me ligou a chamar-me Warrior Nun”. Aposta ganha e responsabilidade acrescida? “Isto pode abrir portas para futuros projetos, que era o que gostava que acontecesse. Por outro lado, há que relativizar, porque se puser essa pressão em mim e nesta produção… poderia tudo desmoronar. Quanto mais pressão pomos, mais deixamos o nosso ego liderar-nos. É importante estarmos em controlo de nós mesmos, porque é muito fácil deixarmo-nos levar.”