Já faz pouco mais de um mês que Manuel Luís Goucha estreou o seu novo formato das tardes da TVI, o programa “Goucha”. Num registo menos descontraído e mais emotivo, o apresentador tem conversado com figuras públicas e anónimos com histórias de vida impressionantes. E nesta quarta-feira, dia 10 de fevereiro, Goucha fez questão de destacar que é muito feliz neste novo programa.
O apresentador começou por dedicar algumas palavras aos convidados da terça-feira, Alice, uma mulher transexual, e o pai. “Esta é uma fotografia do programa de ontem mas o meu coração ainda se alvoroça ao lembrar a história da Alice e da sua luta interior ao perceber que quem era nada tinha a ver com o seu sexo biológico, e do Carlos, homem maior de amor, que assim deve ser um pai, dizendo-nos do orgulho que tanto ele como sua mulher têm nesta filha, pela sua resiliência e determinação. Foram vários os momentos em que o senti vulnerável, tão grande que é, mais ainda nos silêncios, que o caminho não é fácil, como nos disse, mas tudo se repensa, se desafia, se reestrutura, quando em causa está a felicidade dos que são do nosso sangue e coração.
Mais uma vez, e tantas são, sai do programa de alma cheia e grato pela partilha”.
Goucha então continuou, falando do convidado Luís, que perdeu 88 quilos sem recorrer a intervenções cirúrgicas. “Já a história anterior do Luís, me havia surpreendido pela confiança que sentiu em mim, para me confidenciar o que durante tantos anos calou, refugiando-se na comida”, é quando o apresentador fala da felicidade que sente por fazer o programa da tarde: “À hora em que alinho estas palavras nada sei de audiências e pouco me importam. Ganham-se nuns dias, perdem-se noutros, às vezes até se empata, mas eu ganho sempre em escutar os outros, procurando entender o que partilham das suas vivências. Já muitos me acrescentaram. Por isso desengane-se quem pensa que sou infeliz neste outro registo, que há muito não me sentia tão vivo por viver os outros, nas suas alegrias, nas suas angústias, nos seus sonhos. A todos os que já passaram pelo “Goucha”, e ainda agora começámos, muito obrigado. A minha gratidão estende-se a quantos aqui têm mostrado entender o valor da empatia.”