Após tantas atrocidades, Eduarda vai, por fim, ter o castigo que merece. Após raptar Martim e Teresa, a vilã traça um plano que tem tudo para correr bem, mas, na hora H, falha. É que o menino esconde os passaportes e ela atrasa-se para ir ao encontro de Vladimir no aeródromo. Quando está a caminho, telefona para o amante, que lhe diz que já descolou, uma vez que havia polícia no local para a apanhar. Eduarda desespera e regressa para o seu esconderijo.
Lá, revê o vídeo que Beatriz gravou a pedir-lhe que liberte os filhos em troca de a ajudar a fugir do país e a escapar à prisão. Martim ouve a mãe a falar e pergunta à avó o que se trata, mas ela ignora-o e ainda o maltrata: “Por causa da brincadeira idiota de me esconderes os passaportes, estragaste-me o plano. Mas uma coisa te garanto… Não estragas mais nenhum”, grita, irritada. De repente, Teresa começa a chorar e Eduarda vai dar leite à neta.
Enquanto isto, em casa, Diogo comenta com a noiva que não conseguiram impedir a fuga do avião, mas assegura que a vilã não seguiu viagem, nem tão pouco as crianças. É então que alguém lhes bate à porta. Vão abrir e deparam-se com uma mulher, que lhes revela que emprestou o seu carro a Eduarda, sem saber as reais intenções da vilã. O casal pede-lhe que vá à polícia contar o que sabe e mesmo perante a indisponibilidade da senhora, acabam por obriga-la.
No esconderijo, Eduarda prepara-se para ir descansar e desliga o telemóvel com que comunica com a filha. Martim apercebe-se e ao ver a avó a sair do local, tenta liga-lo. Mas esta volta atrás e apanha-o e o menino acaba por cair ao chão. Ainda goza com ele e assegura que não vai conseguir informar ninguém, uma vez que o telemóvel não tem cartão.
Um milhão de resgate
Em casa, Tiago visita Beatriz e Diogo e confronta-os por não lhe terem contado que Vladimir ia ajudar Eduarda a fugir. O militar enta então explicar-lhe que afinal o plano da bandida não correu bem e que os meninos continuam desaparecidos. Revoltado, o médico ainda acusa o irmão de todo o mal que está a acontecer, com a ex-mulher a criticá-lo por isso. A discussão instala-se, mas Beatriz interrompe-os ao receber um e-mail com um vídeo dos filhos. “Imagino que andem desesperados à procura dos miúdos, mas não se preocupem eles estão bem comigo. Como podem ver…”, diz a vilã, que está num descampado ao lado dos netos. “Mas como prova de que sou boa pessoa, vou dar um preço a esse desespero. Um milhão de euros em troca dos dois. O que é que dizem? Escusado será dizer que se avisam a polícia ou me tentam enganar como já tentaram, nunca mais lhe s metem a vista em cima”, alerta-os, finalizando que não há uma segunda oportunidade.
Estão os três em choque com a proposta da bandida e pensam numa forma de resolver o problema. Beatriz prontifica-se a reunir todo o dinheiro que tem, bem como Tiago. Diogo ainda tenta encontrar uma pista, mas não vê nada e promete: “Não lhes vai acontecer nada. Nós vamos arranjar o dinheiro e eu faço a troca”, assegura. Beatriz fica emocionada e lembra-o de que o pai dele e de Tiago morreu assim. “Morreu para salvar a família dele. Se for esse o preço…”, atira o militar. O irmão riposta: “Tens sempre te de armar em bom… Vou tratar do dinheiro, se ela disser mais alguma coisa avisem -me logo”. Horas mais tarde, os três, juntamente com Afonso reúnem todo o dinheiro que conseguiram. Não chegam ao milhão, mas o filho de Carlos não desiste de tentar a sua sorte e Tiago garante: “Bom, a Eduarda está desesperada… Seiscentos mil é melhor que nada”.
Alvo falhado
Entretanto, toca o telemóvel de Diogo. É a vilã que lhe dá as coordenadas para o encontro. Antes de sair de casa, Eduarda deixa Teresa tapada com uma manta e Martim de boca tapada com mãos e pernas atadas. “Fica aí sossegado que eu vou tratar da nossa vida”, diz a malvada ao neto. Antes de sair pega no ovo da neta, que não tem nada dentro, nas chaves do carro e sai de casa. O militar segue caminho de mota e ao chegar ao local, tira o capacete. Encontra o ovo da filha, abandonado. Olha em volta, procurando um sinal da sogra, que está escondida numa zona mais alta. O telemóvel começa a tocar e Diogo pergunta onde está Martim. “Pensas que sou burra? Primeiro deixas aí o dinheiro… Depois logo te digo onde é que ele está”, avisa a vilã, aconselhando-o a largar o dinheiro e a ir buscar a sua filha. O rapaz olha em volta, desconfiado de que tudo é uma armadilha, mas acredita que Teresa possa estar ali. Avança para lá, mas quando está mais próximo do ovo, desata a correr, apanha-o e Eduarda dispara, mas não acerta no alvo. Continua a tentar. O genro abre o ovo e percebe que não está lá nada, começando a gritar: “Deixe-se de merdas. Onde é que estão a Teresa e o Martim?!”. Ela garante que estão seguros e o militar percebe então que caiu numa armadilha: “Nunca planeou entregá-los…. Só queria matar-me. Mas falhou e agora vou atrás de si”, diz, avançando à procura da sogra. Ela ainda o ameaça: “Matas-me e ficas sem saber onde é que eles estão, idiota! Ouviste?”.
O cerco começa a apertar-se para Eduarda que começa a gritar para que Diogo apareça. Ele nada diz e ela foge de onde está, de arma na mão. É então que o rapaz aparece. “Isto acaba aqui, Eduarda”, anuncia, enquanto ela desata a correr e tenta disparar sob ele, mas o rapaz atira-se para o chão e ela falha novamente. “Não vale a pena fugir!”, afirma o militar, enquanto a malvada continua a correr, cada vez mais assustada, acabando por tropeçar, desequilibrando-se e a arma cai-lhe da mão, ficando na estrutura da beira da barragem. A mãe de Afonso tenta alcança-la, quando o genro está prestes a chegar junto dela. Eduarda debruça-se mais, acabando por se desequilibrar e cair. Fica agarrada à parede da barragem. Ao vê-la em perigo, Diogo corre para a salvar e estica-lhe a mão, mas ela rejeita: “Vai à merda!”, solta. O militar estica-se mais, mas não consegue chegar à bandida. “Agarre, porra. Estique! Pense nos seus netos”. Ela ainda hesita, mas estica-se e agarra o braço de Diogo, que lhe explica o que vão fazer: “Quando contar até três dê impulso para subir”. Mas ela já percebeu que não há volta a dar e avisa-o: “Por mais voltas que o destino dá, acabamos sempre juntos, Rodrigo… Por isso se eu vou abaixo… Tu vens comigo!”.
Num ato impensável, Eduarda usa toda a sua força e puxa o rapaz para si, para caírem juntos. Ele desequilibra-se e fica pendurado no parapeito, a segurar apenas uma mãe da vilã. “Pare, não faça isto!”, pede-lhe. Mas ela já aceitou que vai morrer ali: “Não me arrependo de nada, ouviste bem? Nada!”, dispara, num último impulso. Diogo pergunta-lhe onde estão Martim e Teresa, mas ela nada diz: “Perdeste, Rodrigo!”, avisa-o, acabando por ver a luva soltar-se e cai para a morte. O rapaz fica sem a sua luva na mão e percebe que a vilã caiu. Desesperado e com medo de também ele morrer, olha para o céu, pedindo ajuda divina. A mão dele escorrega, prestes a soltar-se e ele pede perdão a Beatriz.