Nascida em Lisboa, Carolina Deslandes diz nunca se ter imaginado a viver noutro local. Mesmo após ter os filhos, ficou retiicente em mudar-se para o campo. Porém, houve um conjunto de situações a fazê-la mudar de ideias. No Instagram, a artista partilhou tudo, num desabafo:
“Eu, que sou alfacinha de gema, nunca percebi aquelas pessoas que diziam “bom bom é viver no campo”. Não me interpretem mal, eu passei muitos fins de semana e férias de verão em Estremoz, trepei às árvores, mordi azedas, tive louva-deus pousados nas mangas das camisolas. E adorava. Mas tinha sempre de voltar. Gosto da confusão, gosto das luzes dos prédios à noite, gosto de ouvir gargalhadas conjuntas nas mesas do lado dos restaurantes. Gosto da música que saí das casas de fado e dos bares no bairro alto, gosto da mistura de pessoas do mundo todo que se encontra aqui. Gosto de me por bonita e de ir jantar fora “aquele sítio novo mesmo bom, o asiático ao pe da sé” e lá vou eu. Nunca me imaginei a viver em mais lado nenhum. E depois fui mãe“, começou por escrever.
Ainda assim, inicialmente, manteve-se reticente: “Sempre que levávamos os miúdos a casa dos pais do Diogo era como se lhes acendessem um candeeiro nos olhos. Corriam, brincavam com os animais, tiravam fruta da árvore e comiam-na à trinca. Eram da terra. Tinham ervas daninhas no cabelo e terra nos joelhos e riam felizes e sujos enquanto eu sentia o cheiro da relva molhada. O Diogo perguntava muitas vezes “e se vivêssemos aqui?” E eu fingia que não ouvia, ou mudava de assunto. Até ao dia“.
Por fim, disse-se, referino-se ao vídeo dos filhos no campo que juntou à publicação: “Não tarda nada faz 3 anos que nos mudamos. E todos os dias, mas todos mesmo, Deus faz questão de me plantar um quadro destes à frente para que eu me lembre do porquê de ter mudado de vida. Eles são alcochetanos e eu estou quase lá“.
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