Na tarde desta quarta-feira, dia 10 de novembro, Júlia Pinheiro recebeu Pedro Crispim no seu programa da tarde da SIC. Na entrevista intimista, o comentador social revelou pormenores do passado de discriminação pelo excesso de peso. “Vivenciei aquilo que eu tinha que vivenciar. E trouxe comigo só o melhor”, começa por dizer Pedro Crispim, que chegou a pesar 106 quilos.
O comentador revela que na infância tinha o sonho de “pertencer”. Quando criança, Pedro Crispim sofreu bullying e foi atado numa árvore, onde ficou um dia inteiro. “Na realidade este tipo de situalções foram várias, esta foi só uma delas. Acima de tudo porque me estranhavam, porque eu me mexia e falava de uma maneira diferente da deles. E o que é diferente não faz parte”, conta. “Eu era dois G’s, eu era gordo e era gay”, diz.
“Eu via que os meus pais sofriam muito”, revela Pedro, que disse que a determinada altura decidiu protegê-los do sofrimento, e tentava esconder a violência que sofria na escola. Pedro afirma nunca ter deixado de ir à escola, e que sempre olhou nos olhos dos agressores: “Até hoje lembro-me quem eram e de situações que aconteceram. Mas não de uma forma tóxica, mas construtiva”, disse o comentador social.
Com 1,85 m de altura, Pedro Crispim chegou a ter 106 quilos durante a adolescência: “Eu acabava por refugiar-me na comida“, conta o comentador social. Foi por causa do mundo da moda que perdeu peso. “Não foi algo muito saudável. Foi feito sem acompanhamento”, revela Pedro Crispim, que perdeu 30 quilos. Aos 17 anos, Pedro Crispim fez um curso de manequins que lhe mudou a vida: “Senti-me bonito, valorizado”.