Começou nas novelas numa participação em “Jardins Proibidos”, da TVI, tinha 10 anos, mas foi em “Amor Maior” (2016), da SIC, que Beatriz Frazão ganhou notoriedade. Nunca mais deixou de representar e já fez televisão, cinema e teatro. Com 18 anos, feitos no dia 12 de dezembro, contou alguns dos seus segredos.
Como é chegar aos 18 anos?
Não quero pensar muito nisto, não quero ser já adulta. É muito estranho. Com a minha voz, as pessoas veem-me com 15 anos ou ainda mais nova.
E como é que a Beatriz se vê?
Já me vejo mais velha, mas não me sei apresentar como uma pessoa adulta. Acho que se vai aprendendo…
Começou a fazer novelas ainda não tinha 10 anos. Perdeu alguma coisa da infância?
Não, claro que não. Antes fazia ginástica acrobática e escolhi deixá-la porque o que mais amo fazer é representar. Antes isolava-me muito no meu mundo, a preparar as cenas e estava sempre muito sozinha, e não tinha tempo para os amigos. Agora aprendi que isso também é importante.
Tem namorado?
Já tenho namorado, namoramos há oito meses. Ele também é envergonhado. Chama-se João. Conhecemo-nos através da minha melhor amiga.
Foi fácil dizer aos pais?
Sim, foi fácil. Eles gostam dele.
Este ano foi muito especial a todos os níveis. Fez novelas, ganhou prémios por participações em filmes e lançou um livro…
E vou estar nos três canais com o “Conta-me Como Foi”, na RTP, o “Para Sempre”, na TVI, e agora a novela na SIC, “Como Um Rio”, que estreia no próximo ano.
Como se sente?
Este mundo é muito inconstante. Já tive o pico máximo em “Amor Maior”. E depois temos de nos habituar que não é sempre assim. Agora sinto que estou a crescer, mas sei que não vai durar muito. É só estar habituada a isso.
E como é quando desce desses picos?
Sinto-me insegura. Há sempre histórias de pessoas que ficam sem trabalhar. Mas sei que tenho de estar mais positiva. E, além disso, os momentos em que estou mais em baixo servem para estudar. Estou a pensar fazer isso, no próximo verão, em Londres ou Madrid.
Está prestes a terminar o 12º ano. E depois?
Vou chorar imenso quando a escola acabar, vou ter saudades. Quero tirar Psicologia como plano B, mas também quero estudar Representação lá fora.
Qual o segredo para ser uma jovem tão focada e organizada?
Sempre fui assim. Fiz ginástica acrobática e treinávamos quatro horas por dia, seis dias por semana. Era tudo muito rigoroso. E eu era muito nova. Fiquei com essa disciplina. Acho que sou a mais disciplinada da família. Mas também a que tem mais ansiedade.
Como a controla?
Sou muito espiritual, faço meditação. Faço todos os dias 20 minutos, à noite. E ajuda mesmo muito a controlar a ansiedade e a ter mais imaginação. E o exercício físico também ajuda.
Como se vê daqui a cinco anos?
Tento manter os pés no chão porque posso desiludir-me. Mas também sou muito teimosa e ambiciosa e as minhas expectativas estão sempre lá em cima. Por isso, vejo-me a fazer filmes no estrangeiro.