O que realmente aconteceu na trágica tarde de 5 de dezembro na autoestrada A1, que resultou na morte de Sara Carreira. A TvMais consultou o processo e revela todos os detalhes do relatório da GNR, assim como o depoimento da fadista Cristina Branco (que em seguida lhe apresentamos) e que responsabiliza o condutor Paulo Neves.
• Nas suas declarações à GNR, a fadista refere que “o principal responsável pela produção do acidente de viação é o condutor do veículo onde colidiu por estar parado em plena via”.
• Cristina Branco contou que, depois do embate, “o seu veículo fez pião, tendo colidido com o separador metálico do lado direito”, e ficou “imobilizado em plena faixa de rodagem, na via de trânsito central e em sentido oposto à própria marcha”. Assim que o seu carro parou, “ligou os 4 piscas, tendo dito à Margarida [filha] para aguardar enquanto deu a volta por trás do veículo e retirou a Margarida, tendo as duas ‘fugido’ para o lado direito convicta que estava a ir em direção à berma”.
• Telefonou para o INEM e para o namorado. “Ligou ‘112’ tendo a chamada caído. De seguida ligou para o Nuno [Rocha], pediu a este que ligasse ao ‘112’ uma vez que tinha tido um acidente”. Imediatamente a seguir ligou “novamente para o ‘112’, dando conhecimento do acidente e obteve indicação que já tinham conhecimento”. Enquanto falava com a emergência, “tentou passar a barreira da autoestrada, ficando com uma perna de cada lado do separador de cimento”. A fadista afirma que esteve sempre a “agarrar a sua filha Margarida e enquanto falava com o ‘112’ ocorre a colisão do jeep com o seu veículo e esse vai capotando várias vezes junto ao separador central”.
• Revela que tinha “acionado o controlo de velocidade do carro quando chegou à velocidade de 120 km/h”, que se “recorda de ver o veículo à sua frente com o símbolo da Volkswagen e dizer à Margarida vamos bater” e esclarece que “a sensação que tem é a de colidir com uma parede, como se de um choque em seco se tratasse, supondo que o veículo se encontrava parado na autoestrada”.
• A artista explicou que, como consequência do acidente, “ficou desorientada” e que fraturou “a cana do nariz”.
• Explicando que tentou “proteger-se a si e à sua filha”, respondeu que apenas “ligou os 4 piscas no momento imediato ao acidente” e que “não colocou o triângulo nem vestiu o colete por não ter tido oportunidade, atendendo a que o veículo ficou imobilizado em plena faixa de rodagem e começaram a passar alguns veículos de ambos os lados”. Cristina refere que chegou a temer “pela sua integridade física e da sua filha” quando “passou um veículo pesado que travou muito” e derrapou.
• Revela que não teve contacto com mais nenhum dos condutores intervenientes no acidente à exceção do “condutor do Volkswagen, o qual disse não se encontrar parado e para a testemunha tirar dali a sua filha”. Acrescentou que “mais tarde teve conhecimento que o condutor do jeep se tratava de um homem que estava em tronco nu, porém, não falou com o mesmo”.
“O principal responsável pela produção do acidente de viação é o condutor do veículo onde colidiu por estar parado em plena via”.
(Lê-se no depoimento de Cristina Branco)
Ainda nesta edição, a TvMais revela, em exclusivo, o relato ao pormenor do acidente que vitimou Sara Carreira, incongruência que as autoridades encontraram na discrepância dos horários nas fitas de tempo das entidades intervenientes no caso, tudo o que o processo diz sobre o condutor que sofreu o primeiro embate e o relato do bombeiro que não encontrou sinais vitais em Sara Carreira. Disponível em bancas e em edição digital aqui.