Quando fez a “Curva da Vida” em “Big Brother Famosos”, Marie admitiu ter uma ligaçao complicada com a mãe. Uma das frases mais marcantes da jovem foi quando falou da matriarca, assumindo que a relação entre ambas nunca foi pacífica. “Sinto que a minha mãe nunca me amou e ela refletiu sempre em mim aquilo que se calhar não conseguiu”, recordou. “Eu era mesmo um anjinho até realmente me revoltar. Não podia usar o cabelo abaixo dos ombros, tinha de usar a roupa que ela usava. A minha mãe dizia que eu não era normal. Sei que ela nunca me aceitou como era, nunca! Fazia-me sentir mal. Sempre me ensinaram que a nossa família são as pessoas que nos vão apoiar mais. É das pessoas que mais me magoou no meu crescimento, mas, ainda assim, eu amo-a.”
No estúdio, após ouvir este testemunho, Isabel mal conseguiu controlar a emoção, mas, a pedido de Cristina Ferreira, dirigiu à filha palavras de apoio. Martinho falou abertamente sobre este assunto: “A Nelinha [nome pelo qual Marie é tratada carinhosamente pela família] falou dos momentos menos bons da infância, mas vamos lá a ver, tentamos sempre dar o melhor a um filho! Não vou negar que lhe dei uma palmada. Fui habituado a uma coisa que é: há respeito! Nós não sabíamos com quem estávamos a lidar. A Nelinha já estava mais à frente, já nos provocava. Não estou a culpar ninguém, muito menos os profissionais que acompanham a minha filha e aos quais recorremos. Eu é que fui aos poucos percebendo o que é que tinha ali e disse: Alto, isto aqui há alguma coisa que está diferente! Foi quando percebi que havia muita coisa que não valia a pena”, refere o progenitor.
“Qualquer pai ou mãe, quando vê o comportamento de um filho a alterar-se, fica atento e impõe limites! E se isso não funciona e os limites são ultrapassados, o que é que se faz? É que ela desesperava-me. A Nelinha com 12, 13 anos… eu questionava-me: Mas o que é isto?”, recorda o pai da concorrente, assumindo que a filha mais nova era um desafio constante na esfera familiar. “Ela não se voltava contra nós, mas se ouvia um não, mantinha a atitude dela, não comia e fechava-se no quarto. A Marta, a minha filha mais velha, não nos fazia nada disto. Nós pensávamos que da forma que educámos uma a outra seria semelhante e que as coisas se resolviam assim. Percebemos que havia alguma coisa que não estava bem, mas a culpa não era nossa, pais. Quer uma como a outra tiveram tudo! E às vezes pensamos que se calhar o problema foi terem tido demais”, justifica o talhante.