Aos 30 anos, Fanny Rodrigues não podia sentir-se mais completa. Quer a nível profissional quer pessoal. A verdade é que a estrela da TVI já entra pela casa dos portugueses há mais de uma década. “Há 11 anos que faço parte da TVI, que estive em ‘Casa dos Segredos 2’ e continuo a sentir-me como se tivesse sido a minha primeira vez. Para mim é maravilhoso estar aqui, ser aceite da maneira que sou. Sinto mesmo que faço parte da ‘família’ [isto é, a equipa] e isso é ótimo”, começa por contar a bordo de um barco pelo rio Douro, bem perto da sua terra natal.
A apresentar “Somos Portugal” desde 2021, Fanny ainda está a viver um sonho. “Já sonhei muitas vezes, mas daí a estar a viver hoje tudo isto é inacreditável e só dá vontade de conseguir ser mais e melhor e fazer sempre mais”, acrescenta. A ex-concorrente do reality show não tem dúvidas de que está onde está hoje por fazer parte de uma televisão “sem preconceitos”. “Normalmente, sou tudo aquilo que não se vê em televisão: sou emigrante, tatuada, tenho sotaque, não tenho formação… Isso mostra que a TVI não tem preconceitos e dá lugar aos sonhos”, enaltece.
Habituada a líder com o escrutínio do público desde que entrou na “casa mais secreta do País”, não teve uma vida fácil no início desta sua aventura pelo programa de domingo à tarde. O segredo é manter sempre o sorriso. “As críticas dão-me sempre mais força. As pessoas é que ainda não perceberam que quanto mais me deitam para baixo, mais isso me dá balanço para eu tentar subir. Fui aprendendo a lidar com isso, com o tempo, com a ajuda da família, de quem me é próximo; a tentar não ficar sempre no lodo, dar sempre a volta. Com o tempo aprendi que enquanto criticarem é bom sinal. Quando houver silêncio, aí sim, preocupo-me”, explica. Curiosamente, em um ano, apenas por uma vez faltou ao programa e isso fez logo com que o público questionasse a sua ausência. “Andava toda a gente a perguntar: ‘Por onde é que anda a menina?’. E isso deixa-me muito feliz saber que depois de ter sido um bocadinho patinho feio, as pessoas sentiram a minha falta… Dizem que falo muito alto, isto e aquilo, mas é bom saber que sentem falta do meu sotaque do Norte, da minha excentricidade se assim for”, afiança.
Ao lado de João Almeida há sete anos e meio – correm rumores, não confirmados, de que o casal está a atravessar uma crise na relação –, tem o filho Diego, de 5, como o seu grande amor. Aumentar a família é que não está nos planos. “Não quero ter mais filhos para já, fechei a loja. Não está sequer em pensamento. Sou dia após dia, já pensei muito no futuro mas isso cria-me ansiedade, prefiro viver o presente”, elucida, esclarecendo ainda que o filho não lhe pede um irmão. “O facto de ter primos para conviver faz com que não sinta essa necessidade”, prossegue. Em ao contrário da maior parte das jovens sonhadoras, a belle portugaise não quer subir ao altar, como nos confessa: “Não me quero casar, não”.