A dor ainda é recente, mas a força de Fátima Campos Ferreira salta à vista na primeira entrevista após ficar viúva. A jornalista da RTP aceitou conversar com Manuel Luís Goucha no programa das tardes da TVI. Assim, Fátima Campos Ferreira fala pela primeira vez sobre a morte do marido.
Numa altura em que acaba de lançar o seu novo livro, “O Infinito Está nos Olhos do Outro – Diz-lhes quem fomos. Uma história de família”, a jornalista esteve à conversa com o amigo de sempre. O livro é uma homenagem à memória dos pais da jornalista da RTP e já está à venda. Após uma grande viagem sob essas memórias, Manuel Luís Goucha perguntou à convidada onde estará, por agora, o companheiro. “Estará com eles, com os pais dele, estará nessa polifonia que é para onde todos vamos”, respondeu.
A declaração de Goucha
Em seguida, recordou. “O Manel foi meu companheiro durante quase 30 anos”. E, nesse instante, o entrevistador aproveitou para se dedicar a Manuel Rocha. “Ele é das pessoas que mais amo, porque se sou o homem que sou e estou aqui, devo-lhe a ele”, disse. De recordar que o companheiro de Fátima Campos Ferreira foi durante vários anos diretor da RTP e um dos responsáveis por Manuel Luís Goucha se ter estreado nas manhãs.
Em seguida, Fátima Campos Ferreira recordou o marido. “O Manel foi o talento, a criatividade, o sair do livro e agora tens que pensar e fazer. Sempre fui a tal pessoa que apesar de comunicar razoavelmente penso mais do que aquilo que digo. (E ele) foi alguém que me incentivou a fazer. Esse talento e criatividade permanente que ele tinha…”.
E lembrou ainda um dos momentos do funeral de Manuel Rocha, protagonizado pelo mágico Luís de Matos. “O Luís de Matos disse uma coisa muito simples: ‘eu era um miúdo de 17 anos e tinha um baralho de cartas. Ele fez de mim um mágico internacional’. Achei graça, porque de uma singeleza enorme qualificou-o. Sabia muito de recursos humanos, de descoberta de talento e também de como organizar as pessoas”, elogiou.
“Há um choque tremendo”
A estrela da TVI questionou ainda a convidada sobre como é estar sem o companheiro, agora que partiu. “É viver de outra maneira, é pensar que a vida continua até um dia. É continuar o resto que me falta”. “Não tens medo?”, insistiu Goucha. “Esse dia está definido para todos nós. Quem é que vai ter medo de uma coisa que está no caminho de toda a gente? É evidente que há um choque tremendo. Quando vemos as pessoas de quem gostamos partirem, o caixão, é um choque imenso. Mas sabemos que é o nosso espelho. É o espelho que temos por diante. Temos que viver com essa realidade. Eu não estou sempre a pensar nisso, mas já sei que isso é assim, esse problema está resolvido. Agora vou viver”, respondeu, por fim.
Desta forma, Fátima Campos Ferreira fala pela primeira vez sobre a morte do marido.
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