
Marcantonio Del Carlo desabafa: “Portugal recusa a dar-me a nacionalidade portuguesa”. A última terça-feira, 25 de abril foi a data em que se assinalou os 49 anos da Revolução dos Cravos. Sendo assim, o ator usou as redes sociais para recordar um tema que lhe é sensível. A viver há 30 anos em Portugal, Marcantonio ainda não tem a nacionalidade portuguesa.
Em primeiro lugar, o ator recorda que já interpretou personagens importantes da história nacional. “Dei vida ao grande personagem que foi o capitão Garcia Dos Santos na noite do 24 de Abril na série A Hora Da Liberdade da SiC. Também fiz parte do elenco dos Capitães De Abril, realizado pela Maria De Madeiros, que nestas horas comemorativas passa sempre pela RTP.”
Além disso, Marcantonio destaca o seu envolvimento com o país. “Há mais de de 30 anos vivo neste país. Sou mais português do que italiano.” Entretanto, o ator, que nasceu na Rodésia, em África, mas é italiano, ainda não conseguiu a nacionalidade portuguesa.
“Defendo o nome de Portugal para onde vou, mas Portugal recusa a dar-me a nacionalidade portuguesa. Porquê? Burocracias do costume.” Dessa forma, Marcantonio Del Carlo desabafa. “Mesmo assim eu hoje grito: viva o 25 de Abril! Mesmo que o estado burocrata português me continue a negar a nacionalidade portuguesa que tanto já pedi. Viva Portugal!”
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Motivo para não conseguir a nacionalidade
Contudo, a denúncia de Marcantonio Del Carlo está a gerar polémica nos comentários. Muitos seguidores questionam o tipo de burocracia que o ator está a enfrentar. De acordo com a lei portuguesa, tem direito a nacionalidade pessoas com mais de 18 anos que residam legalmente no país há mais de 5 anos.
Anteriormente o ator já falou do tema à rádio Observador. Na ocasião explicou o motivo de não conseguir a nacionalidade portuguesa. O ator precisa apresentar um certificado criminal da Rodésia, em África, onde nasceu. Entretanto, por ter vivido apenas até aos 6 meses no local, diz que não consegue retirar o documento. “Desisti de pedir a nacionalidade portuguesa”, afirmou.
Entretanto, de acordo com a página da Justiça portuguesa, o registo criminal do período que o ator diz ter vivido na Rodésia não seria necessário. Na lista de documentos, é preciso apenas registo criminal “emitido pelos países estrangeiros onde tenha vivido a partir dos 16 anos”. O ator reforça que envolveu advogados no caso, mas que realmente não foi possível resolver. “A Rodésia virou Zimbábue”, explica. “A minha papelada desapareceu”.
Muitos fãs recordaram o caso do atleta Pedro Pablo Pichardo. Cubano, o saltador tem nacionalidade portuguesa e por isso defende o país em competições internacionais. Entretanto, a nacionalidade de Pichardo foi alvo de críticas por parte de Nélson Évora.