Na tarde da última terça-feira, 25 de julho, Carina Rodrigues esteve à conversa com Manuel Luís Goucha na TVI. Sendo assim, a irmã de Fanny fala do filho Zayonn depois de perder os gémeos. Ou seja, a jovem de 21 anos confessa o que sentiu na gravidez e nascimento de Zayonn, um ano depois da morte dos bebés após o parto.
“Eu enloqueci. E é por isso que o Zayonn nasceu para me salvar”, afirmou Carina, na conversa com Manuel Luís Goucha. “Tinha muito medo que voltasse a acontecer a mesma história. Só que eu sempre disse ao Giovanni que o meu coração não ia aguentar muito tempo sem haver assim uma luzinha ao fundo do túnel. Estávamos com planos de esperar três, quatro anos. Três meses depois, ele bateu à porta”, contou ainda. Dessa forma, a irmã de Fanny fala do filho pela primeira vez.
Sobre a gravidez, Carina confessa que foi tranquila. Entretanto, o medo sempre esteve presente. “Esta foi, ainda, mais vigiada, mas foi tranquilo. Comecei a ficar tranquila a partir do sexto mês. Na aplicação, quando vi que aquela semana já tinha passado, foi quando comecei a falar para ele, a procurar um nome. Dizia, inconscientemente: ‘Tenho muito medo de te perder. Aconteça o que acontecer, segura-te, aí, firme’. E ele sabia disso, era mais discreto que os irmãos. Mas, de noite, mexia-se muito. Nem conseguia dormir, de tanto que ele mexia”.
De recordar que Zyon nasceu no final de abril. Entretanto, Carina manteve a gravidez em segredo. Sendo assim, Fanny só revelou que foi tia depois do nascimento do bebé. ““Dia 25 de Abril. Nasceu o meu afilhado! ZAYONN”.
“Cada um viveu apenas 18 minutos”
Em agosto de 2022, no “Dois às 10”, a jovem, de 20 anos, abriu o seu coração. Sendo assim, Carina. fez um relato emotivo de tudo o que viveu. Dessa forma, a irmã de Fanny revelou que viveu uma gravidez com alguns sobressaltos. “Eu tinha muitas dores nas costas, muito inchaço nas pernas, mas, como estava a começar o calor, achei que era retenção de líquidos. Apercebemo-nos de que um dos bebés estava a fazer pressão no meu rim direito e que isso criava mais probabilidades para infeções urinárias. Logo aí comecei a tomar medicamentos para a infeção urinária, para prevenir.” Porém, o pior acabou por acontecer. “No dia 3 de maio foi detetada no meu chichi a bactéria que matou os meus filhos”, disse, já em lágrimas.
Dez dias depois, Carina começou a sentir um incómodo semelhante às dores menstruais. Então, percebeu que algo não estava bem. Logo depois foi para o hospital. Ao dar entrada, suplicou à equipa médica. “Esqueçam-se de mim, eu não existo. Eles é que são o futuro, eu já não sou nada”, recordou, emocionada.
Contudo, o cenário era realmente preocupante. “A médica que me estava a examinar não me conseguia olhar nos olhos. Disse que eu tinha nove dedos de dilatação, que estava em trabalho de parto e que o meu primeiro filho estava a nascer. Sabia que nascer com seis meses era muito cedo”, contou a irmã de Fanny. “Berrei e disse que não podia ser, porque eles não iam aguentar. Sei naquele momento que vou perder os meus filhos”, afirmou ainda.