Morreu Sara Tavares. A cantora tinha 45 anos e lutava contra um tumor no cérebro, diagnosticado pela primeira vez em 2009, altura em que foi obrigada a interromper a sua carreira, e que voltou de novo em 2016. Sara, que estava internada numa unidade hospitalar de Lisboa, deixou-nos nesta tarde de 19 de novembro.
Conhecida pela sua voz e personalidade doce, a cantora portuguesa de ascendência cabo-verdiana entrou pela casa dos portugueses na primeira edição do concurso da SIC, “Chuva de Estrelas”, em 1994, que venceu com um tema de Whitney Houston. Mais tarde participou e ganhou o Festival RTP da Canção com o icónico tema “Chamar a Música”, que viria a classificar-se em oitavo lugar no Festival Eurovisão da Canção. Uma carreira de três décadas sem nunca esquecer as suas raizes africanas, que transportou para a sua música num percurso único e que não deixou ninguém indiferente no panorama da música portuguesa.
Uma ligação que lhe valeu uma nomeação para um Grammy Latino, em 2018, com o quinto álbum, “Fitxadu” , que contava com a colaboração de Manecas Costa, Nancy Vieira, Toty Sa’Med e Kalaf Epalanga entre outros convidados. “Kurtidu”, o seu último trabalho, foi lançado no passado mês de setembro.
A Internet reagiu de imediato ao seu desaparecimento e o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa já lamentou a sua morte:
“Descobrimos Sara Tavares há trinta anos, ainda adolescente, através de um dos concursos de talentos que, nas décadas seguintes, revelariam vários nomes que hoje conhecemos e admiramos.
Portuguesa de origem cabo-verdiana, manteve sempre forte ligação aos seus pares, em diversas colaborações e homenagens, e grande proximidade à música e aos músicos africanos.
À família de Sara Tavares manifesto a minha tristeza e o reconhecimento pela sua vocação, dedicação e determinação”, revela através de uma nota de pesar na página da Presidência.