Em parte incerta, Yannik Djaló falhou a audiência em tribunal onde a ex-mulher exige pagamento de pensão de alimentos das filhas de ambos. Desde dezembro de 2016 que o ex-futebolista não dá nenhum contributo financeiro para as despesas das menores. Luciana Abreu assume em tribunal que pediu dinheiro emprestado para sobreviver: “Vivi de promessas”, diz, em primeiro lugar.
Na audiência do processo-crime por incumprimento das pensões de alimentos movido por Luciana Abreu, de 38 anos, contra o ex-marido, o Ministério Público pediu a condenação de Yannick Djaló pelo não pagamento dos valores acordados entre o ex-casal. A primeira sessão do julgamento aconteceu no dia 16 de maio, no Tribunal de Cascais. Contudo, a sessão decorreu sem a presença do antigo companheiro da artista, que não apresentou nenhuma justificação para a sua ausência.
“Acredito que se faça justiça!”
Todavia, a advogada que o representa, Lucinda Mendes de Jesus, não terá conseguido chegar à fala com Djaló e disse à juíza: “Não tive qualquer contacto com o arguido”. Por considerar que “a sua ausência não é imprescindível para averiguar a verdade dos factos”, a magistrada decidiu, em seguida, que o julgamento prosseguia com o depoimento de Luciana Abreu, que é assistente e demandante das filhas no processo. O ex-futebolista acordou, entre 2013 e 2019, pagar 2250 euros por mês a cada filha menor. No entanto, em 2020, após um pedido seu de revisão deste valor ao Tribunal de Família e Menores, por alegar que não tinha fontes de rendimento, Yannick passou a ter um encargo mensal de 350 euros com cada uma das meninas, Lyonce e Lyannii, de 12 e 11 anos, respetivamente. Luciana nunca se opôs a esta decisão judicial, de reduzir o valor das pensões de alimentos, mas nem assim o ex-companheiro cumpriu. O valor em dívida é superior a 300 mil euros. No final da sessão, a artista foi parca em palavras, mas afirmou: “Acredito que se faça justiça!”
“Vivi de promessas do Yannick”
A estrela da SIC fez um relato do que tem vivido nos últimos anos ao suportar sozinha os encargos financeiros das crianças. “Até dezembro de 2016, as pensões estão pagas, a partir daí vivi de promessas do Yannick. Não me consigo recordar de quando ele deixou de pagar, sei que as transferências vinham sempre do estrangeiro. Disse que ia jogar futebol para outros países para ajudar as nossas filhas. Trabalho muito, passei por dois divórcios, com dinheiros para cá, dinheiros para lá… tive uma depressão pós-parto [após o nascimento das gémeas, em 2017]”, explicou, primeiramente, Luciana, justificando os lapsos de memória sobre os valores, datas dos pagamentos e incumprimentos de Yannick.
“Tenho todas as provas de que ele não pagava”
“Tenho todas as provas de que ele não pagava e tinha uma vida de luxo, mesmo não trabalhando, como acontece agora. Sei que está desempregado. Mas faz viagens à China e à Tailândia quando desaparece, porque é o que ele diz às filhas. Que está em países que não têm rede [de telemóvel]. Não sei qual é a condição dele, aquele homem é um poço de mentiras.” Questionada sobre as movimentações bancárias, que estão documentadas no processo, sublinha: “Não há outros motivos, além das pensões de alimentos, para ele me fazer transferências. Sei que ele andou aflito para distribuir dinheiro para outras contas… Queria tirar dinheiro de uma conta e pediu ajuda ao meu padrinho [Manuel Correia]”.
Luciana Abreu assume em tribunal um pedido de ajuda financeira
Após a primeira decisão judicial, para cumprir os pagamentos à ex-mulher, o atleta viu dois imóveis serem penhorados. Contudo, Luciana frisa: “Não recebi nenhum montante dos imóveis que lhe foram penhorados”. A estrela da SIC admite que a vida das filhas sofreu um forte impacto devido à falta dos valores em causa: “Deixaram de frequentar o colégio privado. Queria muito que elas fossem para os Salesianos, mas tive de as colocar na escola pública. Sou sempre eu a pagar tudo: comida, roupa, sapatos… Por esse motivo recorri muitas vezes aos meus padrinhos [Maria Odette Raposo e Manuel Correia], a quem solicitei ajuda financeira. Passei a estar menos tempo com as minhas filhas, porque sou só eu a trabalhar. Sou artista e isso obriga-me a estar mais ausente”. Luciana lamentou, com a voz embargada, ter de pedir auxílio monetário aos “pais do coração”.
“Só estou a olhar pelos direitos das minhas filhas!”
“Quando não tinha dinheiro para pagar a água, a luz, não sei exatamente em que meses o fiz, ou quais foram os valores. Pedia para as necessidades. Não me orgulho nada de ter pedido ajuda financeira e até me custa estar a partilhar isto”, disse. A artista assumiu que uma das fases mais difíceis foi vivida durante a pandemia da covid-19. “Trabalhei durante o confinamento, sempre com medo de apanhar a doença, morrer e não ter a quem deixar as minhas filhas.” E reforçou, em seguida,: “Não estou aqui a defender-me de nada, só estou a olhar pelos direitos das minhas filhas!”, diz, em suma.
Percorra, por fim, a galeria de imagens.Luciana Abreu assume em tribunal que pediu dinheiro emprestado para sobreviver: “Vivi de promessas”, diz, em primeiro lugar.