E, de repente, passou um ano. Por esta altura, em 2023, Sofia Ribeiro anunciava que as sobrinhas iam passar a estar sob o seu cuidado. A verdade é que muito mudou neste período. Só que a vontade da atriz em cuidar das suas meninas é cada vez maior. E, para assinalar este marco, a estrela da SIC partilhou uma mensagem muito especial. Conheça, em seguida, o desabafo emotivo de Sofia Ribeiro após um ano a cuidar das sobrinhas.
“Não passou a correr”
“A vida deu um empurrão, é um facto. Passou a correr? Não, não passou! Sinto que vivemos pelo menos 5 anos num só”, escreve primeiramente. Em seguida, prossegue: “Foi um mar de rosas? Mente quem o faz parecer. Também nunca foi essa a expectativa. Porém, se tinha noção que iria ser tão desafiante/encantador/lixado? Não tinha”. A verdade é que antes desta mudança, a protagonista de “Senhora do Mar” tinha uma vida muito diferente. “Era só eu independente, com horários de trabalho instáveis e intensos, ciosa do meu espaço e silêncio, das minhas rotinas. Sem filhos, sem rede de apoio e de repente sou tia a tempo inteiro de duas miúdas, com mais história do que a sua idade previa e merecia. Uma na adolescência (fase de ‘cortar pulsos’), outra a caminho do mesmo (para já menos dramático)”, confidencia.
Sofia Ribeiro não esconde que não é fácil passar por tudo isto sem ter quem a ensine. “Tive dias que me apeteceu fugir, é a verdade! De pensar desistir por não saber o que fazer nem como. No mesmo dia, tinha vontade de esmagá-las de beijos e abraços. Noutros, não tinha vontade de voltar para casa depois do trabalho, sendo que a minha casa sempre foi o meu refúgio e porto seguro. Dias de rebentar de orgulho e profunda alegria pelas nossas conquistas, por vê-las caminhar. Também tive dias em que orei, de lágrimas a saltarem-me dos olhos, a pedir por calma, clareza e sabedoria. Dias a olhar para elas babada, a vê-las crescer, a serem mais amigas, companheiras. Dias de nem as conseguir ver, nem elas a mim!”, prossegue.
“Conseguimos, miúdas!”

E ainda enumera, em seguida, várias atividades que passaram a ter juntas como aulas de culinária ou até momentos de maquilhagem. Mas também momentos menos bons. “Dias frustrada por não ter conseguido ir à festa de natal da escola. Das em que a terapia nos salvou”, insiste.
Mesmo com estes dias em que temeu falhar, acredita que superou tudo. “Felizmente a maioria, de amor e certeza que a vida sabe sempre o que faz”. Por isso, não tem dúvidas, “conseguimos, miúdas!”. E agora é tempo de seguir em frente: “Sigo na meta. Oferecer-lhes de há um ano para cá, uma infância/adolescência que não precise ser curada na vida adulta. Correndo o risco de por vezes não conseguir. Consciente das minhas falhas e fragilidades, mas empenhada em fazer o melhor que sei e consigo pelos amores maiores da minha vida. E por mim também! A vida ganhou ainda mais sentido”, desabafa, por fim.
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