
Depois de tornada pública a acusação a José Castelo Branco por violência doméstica por parte do Ministério Público, o advogado do marchand deu algumas declarações ao programa V+Fama. Em entrevista a Adriano Silva Martins, Pedro Nogueira Simões disse que a acusação era “expectável”, e revela os próximos passos do processo.
“Era expectável que o Ministério Público acusasse o José Castelo Branco”, disse o advogado, em primeiro lugar. “É expectável, também pelo crime pelo qual é indiciado. Violência doméstica é um crime que é praticado de forma reiterada, quando se diz agravada, é face à idade da suposta vítima. Era expectável que fosse esta a tipologia que o Ministério Público viesse a declarar”.
O advogado afirma que a defesa considera que a investigação feita antes da acusação pelo Ministério Público tem défices e nulidades de processo, e por isso afirma: “Existe a hipótese de reabrir instrução, não só por parte do arguido, mas nós temos essa possibilidade. Essa situação tem como objetivo reverter a decisão que, até ao momento, o Ministério Público teve na fase de inquérito. Vamos ponderar, existe a possibilidade de ser reaberta a instrução, por questões simples, como as provas. Também temos testemunhas a apresentar ao processo”.
Para Pedro Nogueira Simões, a acusação do MP está pouco fundamentada. “E não o dizemos por ser um cliente nosso, mas fundamentar uma acusação no ‘diz que disse’… mas será uma questão para julgamento, não nos queremos pronunciar”.
Recorde-se que José Castelo Branco foi formalmente acusado pelo crime de violência doméstica contra a mulher, Betty Grafstein, a 4 de novembro. O Ministério Público divulgou a acusação na última segunda-feira, 25 de novembro, a qual o socialite já reagiu através das redes sociais.
De acordo com o comunicado do Ministério Público,“desde o início do casamento o arguido agredia física e verbalmente a vítima”. A acusação ainda detalha algumas das agressões alegadamente sofridas por Betty Grafstein. “O arguido forçava a vítima a vestir roupa que escolhia, a ser maquilhada por si e a calçar sapatos que lhe provocavam dores.” Além disso, a acusação alega que Betty foi internada “na sequência de um empurrão alegadamente desferido pelo arguido”.
No mesmo comunicado, o Ministério Público afirma que José Castelo Branco “atuou com o propósito concretizado de maltratar a vítima, de 95 anos, molestando-a no seu corpo e saúde psíquica, injuriando-a e atemorizando-a, bem sabendo que era a sua mulher e estando ciente da idade desta”.