
Não é fácil lidar com as questões do coração, muito menos quando a paixão domina o corpo e a alma. Quando o sentimento deixa de ter limites, a tendência é para pensar que a outra pessoa nos pertence e que só nós é que somos o centro da sua vida. Não é novidade que o ciúme em demasia é prejudicial a qualquer relação, porque na realidade ninguém é de ninguém. No campo sexual, esta emoção origina um instinto de posse ligado ao corpo, às atitudes, aos sentimentos e ao pensamento do companheiro. A ideia dos parceiros ciumentos é a de que a pessoa de quem se gosta não pode ser olhada pelos outros nem tão-pouco tocada. É preciso escondê-la e afastá-la dos olhares estranhos. Enfim, do mundo. Quando o ciúme se torna obsessivo, pode causar danos físicos e psicológicos irremediáveis. Todavia, se a máxima “conta, peso e medida” for praticada, está encontrada a fórmula para o sucesso de qualquer relação.
Mulheres ou homens: quem são os mais ciumentos?
A tendência natural é para responder: as mulheres. Todavia, não é verdade. No que diz respeito aos crimes passionais, estima-se que, em dez, apenas dois são cometidos por elas. Alguns estudos distinguem o ciúme feminino e masculino: no caso delas é de caráter afetivo e no deles tem características sexuais. O problema é que o homem não aceita que a mulher o engane e, assim, acha que ela é da sua total exclusividade. Muitas vezes, esse sentimento de posse é prejudicial e pode até ser fatal.
Um problema com solução
Para muitos casais, o ciúme pode ultrapassar a barreira do aceitável e tornar-se doentio. Se o sentimento estiver relacionado com aspetos de inferioridade, insegurança e baixa autoestima, é possível a terapia. Quando a pessoa se torna mais segura, a sensação de ciúme desaparece progressivamente e adquire-se mais autoconfiança, aos poucos e poucos.
O ciumento tem a mania de:
• Controlar todos os passos dela
• Mandá-la trocar de roupa
• Proibi-la de sair sozinha
• Acusá-la de olhar para outros homens
A ciumenta tem a mania de:
• Mexer no correio dele
• Revistar-lhe os bolsos e cheirar-lhe a roupa
• Controlar-lhe os telefonemas
• Imaginar que sempre que ele não liga é porque está com outra
Como ultrapassar a crise
É inevitável que os ciúmes afetem a vida sexual e os parceiros pensem que a relação está por um fio. Não deixe que a chama do amor se apague. Assim:
• evite perguntar se ele tem outra pessoa ou se já não a ama. Isso só vai piorar o clima de desconfiança;
• não se arme em detetive para descobrir se há traição. Se for verdade, mais tarde ou mais cedo acabará por saber. Se não for, está a contribuir para o desgaste físico e emocional da relação, além de o seu companheiro se sentir ofendido;
• se ele não tiver vontade de fazer sexo, não o obrigue ou questione se ele já não a deseja. Não há nada pior do que uma pessoa fazer sexo sem vontade;
• há que alimentar as fantasias e o erotismo.
• não se esqueça de que o sexo começa na cabeça e ele só precisa de ser bem encaminhado por si;
• fora da cama, não descuide a relação. Cuide da aparência e valorize o diálogo e a convivência entre vocês.