Por tradição, o Natal é vivido sempre de uma forma intensa. Muitos eventos, muitas atividades e quase que temos que nos dividir para estar com toda a família e amigos. Mas estas tarefas não têm de ser complicadas. Saiba como viver o Natal com mais harmonia através das dicas da psicóloga Catarina Lucas. Veja a entrevista e prepare-se, em paz, para as celebrações.
Com a minha ou com a tua família?
“Este é um tema clássico que aparece sempre em consultório. Onde vamos passar o natal? Com a minha ou com a tua família? E depois há sempre os conflitos familiares, pessoas que não se dão entre si. No fundo, são os conflitos mais habituados.”
Aprenda a negociar com o par
“Para resolver estes dilemas é sempre preciso fazer uma negociação, cedências. E é preciso entendermos que não vai ser sempre como queremos. Quando duas pessoas se juntam, essas duas pessoas têm famílias de origem. E é normal que queiram estar com essa família. Por muito que nós gostemos ou não da família da outra parte. Há que haver sempre uma negociação”, observa Catarina Lucas que recomenda a estratégia mais prática e também mais usual. Ou seja: um ano com a família de um membro do casal, no outro ano com a família do outro. “Ou a noite num sítio e o dia no outro. E no ano seguinte trocam. Isto acaba por ser mais democrático. E, no fundo, não há muita volta a dar a isto. A menos que, haja um conflito enorme em que um se recuse a estar com a outra parte da família”.
Aceite as diferenças
“Sim, às vezes temos de tolerar conversas e pessoas com quem não simpatizamos. A partir do momento em que nos juntamos a alguém, casamos e que esse alguém tem uma família de origem faz parte este tipo de cedências. E é difícil porque todos gostamos de estar com os nossos. Há pessoas que consideram estas datas são muito simbólicas e custa-lhes muito não estar com as suas famílias”.
Converse com o parceiro antecipadamente
“Há quem comece logo a pensar depois do verão. Sugiro que durante o mês de novembro se comece a pensar como vamos agilizar as coisas. Mas também há famílias que têm isto muito instituído e não é necessário pensar. Quem vai num ano aos sogros, no outro vai aos pais e roda no ano seguinte. Quem tem este tipo de rotinas instauradas acaba por não falar sobre isto. Já faz parte da rotina. “
E se o meu pai ou mãe estiver sozinho?
“Há essas situações mais delicadas, que fogem ao usual. Um dos pais que está sozinho e não há outro irmão, por exemplo. E aqui as coisas têm de ser pensadas de uma forma diferente. Podemos pensar em juntar essa pessoa a outro grupo, por exemplo. Faz sentido juntar os pais de um de outro na nossa casa? São tudo soluções intermédias que podemos ir pensando. Mas neste caso, quando alguém está sozinho faz sentido não o deixar só”.
Por fim, desfrute das celebrações e saiba viver o Natal e Fim de Ano com paz e harmonia.