Se desatarem a chorar abraçadinhos sobre a triste sorte dos pandas chineses, até podem formar uma ONG, mas nunca serão um casal, porque correm o risco de se afogarem nas próprias lágrimas.
O que funciona é dar-lhe um ombro, mas também não pode ser só ombro, ou nunca passará de uma substituta da mãezinha. Não se ponha a tratar-lhe da vida, a inscrevê-lo no curso de engenharia aeronáutica porque já é tempo de ele fazer qualquer coisa de útil, e a ir lá a casa dar de comer ao caniche porque tem medo que ele o deixe morrer à fome.
Não se vergue às suas chantagens emocionais: reforce-lhe a autoestima, diga-lhe que nunca conheceu ninguém com um coração de ouro como ele, e quando ele lhe vier pedir para levar a sua roupa à lavandaria, assobie para o lado.