Cristina Ferreira reagiu publicamente pela primeira vez esta quinta-feira, 23 de agosto, após ter sido noticiada a sua transição da TVI para a SIC, uma contratação da responsabilidade de Daniel Oliveira, que assumiu recentemente o cargo de Diretor-Geral de Entretenimento da Impresa.
Numa longa publicação na sua conta pessoal de Instagram, a ex-apresentadora de Você Na TV recorda palavras do seu livro intitulado Sentir que acredita expressarem na perfeição o momento que está a viver.
Consciente do peso da decisão tomada, inicia o seu longo texto lembrando que “todos nós fazemos escolhas diárias. Mas há umas tão importantes que sabemos que nos podem mudar a vida ou o seu rumo. Não gosto de demorar muito tempo a tomar decisões. Deixo à sorte, muitas vezes, o papel de boa conselheira. ‘Quem muda, Deus ajuda.’ O ditado é antigo e confio nessa sabedoria para fazer o meu caminho. Não costumo olhar para trás depois de decidir. E volto a uma frase do meu pai que me estruturou o pensamento: ‘A cama que fizeres, nela te deitarás.’ Ainda que o destino possa ter alguns planos, somos nós que optamos. Há sempre uma esquerda e uma direita. E eu acredito que, mesmo escolhendo a direcção errada, há sempre maneira de chegar ao destino final. Costumo dizer que até os becos sem saída permitem uma alternativa: voltar atrás. Essa segurança, ou forma de ver as coisas, tem-me ajudado a serenar na hora de escolher. Talvez ainda não tenha passado por uma decisão realmente difícil. Ou, então, não lhe dei a devida importância. Talvez seja a idade a trazer esse peso – ou essa leveza. Há pouco tempo, um primo dizia-me que aos 40 não se muda. Que um emprego de 18 anos se mantém, mesmo que não nos dê felicidade. ‘Talvez até nem saiba fazer mais nada.’ Este conformismo deixou-me a pensar. Sabemos nós desta vida que a outra ninguém ainda conseguiu provar.”
Nas suas palavras que servem de incentivo a todos quanto querem mjudar de vida, Cristina pergunta: “Porque nos habituamos a uma vida que não é a nossa quando podemos escrever a nossa própria história e emprestar-lhe vários capítulos?” E logo em seguida responde à sua própria questão. “Talvez seja loucura o risco. Talvez os filhos nos acrescentem medo ao futuro. Mas é preciso ultrapassar esse medo. Talvez seja esta a mais dura batalha da vida. Nos últimos tempos tenho pensado muito nisso. Têm-me assaltado os medos de uma escolha difícil. E, ao mesmo tempo, tenho a certeza de que, aconteça o que acontecer, fui. Há dúvidas que me assombram”, garante.
Transmitindo a ideia de estar certa da sua decisão, acredita que não perderia a oportunidade. “Estou certa de que não me perdoaria. Pior do que ir e ter que voltar é não ir e nunca saber onde se podia chegar”, conclui.