Sem data de estreia prevista, o regresso de “Só Como e Bebo. Por Acaso, Trabalho!” está garantido. O humorista brasileiro não podia estar mais feliz e mostra que em Portugal se sente em casa, sentado à mesa, entre amigos. E, segundo ele, esta segunda temporada do programa traz tudo em dobro: “Mais comida, mais bebida, e isso só pode ser bom sinal”, adianta Fábio Porchat. Leia a seguir: Fábio Porchat nas gravações da nova temporada de “Só Como e Bebo. Por Acaso, Trabalho!”.
“É a prova que o programa deu certo, funcionou, teve audiência”, acrescenta. Se a leva anterior teve oito episódios, esta vem com 12! E o humorista sente-se agradecido com esta continuação, que só demonstra o sucesso do projeto: “A segunda temporada, maior, é a prova que deu certo. Eu gosto de fazer porque eu gosto de ouvir as pessoas. Adoro perceber o que elas pensam sobre as coisas, os assuntos”.
E é à mesa que ele recebe os convidados. Henrique Dias, Sónia Balacó, Carlos Tê e Samuel Úria foram os convidados das gravações a que a TvMais assistiu. Um bate-papo animado entre amigos com Fábio Porchat a intermediar as conversas, a lançar os temas e a deixar que cada um contribua. “Eu jogo uma bola para o ar, alguém corta, outro defende, a coisa vai fluindo. A gente grava tudo seguido, sem parar”, revela o, também, ator.
Fábio Porchat nas gravações da nova temporada de “Só Como e Bebo. Por Acaso, Trabalho!”
Portugal, na sua imensa hospitalidade, vai recebendo o humorista cada vez com mais carinho. “Eu costumo dizer que os brasileiros são como um cachorro. Ele gosta de todo o mundo, ele corre para pegar a bola, ele recebe-te, ele faz carinhos. Os portugueses são gatos. Estão no canto deles. Quando ele gosta de você, ele não te larga mais. Ele vez fazer carinho na sua perna, ele dorme em cima de você. O português a partir do momento em que você ganhou a confiança dele e ele entendeu que você é um amigo, ele te dá tudo”, realça Fábio Porchat, nas gravações. Sempre que visita terras lusas, o humorista regressa ao Brasil com mais histórias para contar, como uma vez em Vila Real, depois de uma peça, quando chegou a um restaurante por volta da meia-noite e a dona torceu o nariz à hora tardia. Mas bastou pedir tripas e perguntar pela mão de vaca para ganhar simpatia imediata. Resultado? Abraço coletivo no fim do repasto e um cálice de vinho do Porto especial, “com 35 anos e só ali”, serviu-o o dono do espaço com orgulho.
A preparação para esta temporada incluiu, claro, alguns cuidados, afinal, Fábio Porchat sabia o que o esperava. “Antes de vir, fiz exercício e perdi uns quilos. Dei uma esvaziada no Brasil, porque sabia que vinha para Portugal comer sem parar. Estou felicíssimo, só engordei dois quilos durante 60 dias de gravações”, revela bem-disposto. O que, para alguém que chegou a almoçar três vezes em cada episódio do programa, é quase um milagre! O humorista volta a casa com mais dois quilos e muitas memórias no paladar.
Entre um arroz caldoso de corvina no Algarve, as bochechas de porco na Tasca do Petrol em Marmelete ou um cozido de grão em Mourão, o desafio será esquecer tudo o que comeu. “E a francesinha? Encontrei a definitiva, mas não vou dizer onde. Não quero gerar polémica”, conta, divertido. Para compensar o pecado da gula, Fábio, que entretanto já regressou ao Brasil, corria ao longo da orla de Cascais, e aproveitou o tempo por Lisboa para rever a irmã, que vive em Portugal, assistir a algumas peças de teatro em exibição, visitar amigos de infância e jantar com colegas comediantes, como Joana Marques e Salvador Martinha.
A estada em Portugal serviu ainda para gravar outra produção da RTP: O “Guia Porchat”. “São oito episódios de um programa em que eu vou conhecendo os chefs todos e como gravei em seis semanas oito episódios, 45/50 minutos, há muita comida porque no episódio a brincadeira é o chef me indicar um restaurante onde vou tomar um lanche, à noite janto, depois em casa de alguém ainda vou comer um hambúrguer… e é uma profusão de comida, era um almoço de manhã, dois à tarde e às vezes o quarto. Durante os primeiros 20 dias que rodei, eu não jantava porque não havia condição humana”, referiu. E se haverá terceira temporada de “Só Como e Bebo. Por Acaso, Trabalho!”? “Sempre!” A relação de Fábio com Portugal é de encher a barriga, e com ele é mesmo difícil provar e não gostar. Por cá, ficamos à espera e prometemos recebê-lo de braços abertos e a mesa posta!