O momento mais aguardado da trama da SIC está prestes a acontecer. A identidade de Diogo vai finalmente ser revelada ao seu grande amor, Beatriz. Tudo acontece depois de, num ato de vingança, Rita contar à rival que o namorado não é quem diz ser e que apenas se mudou para Vila Brava para se vingar de Eduarda. A rapariga fica confusa e a enfermeira aconselha-a a ir até à casa dele e ver as provas que ele guarda.
Lá, Beatriz encontra os documentos contra a sua mãe e fica em choque ao perceber todos os crimes que ela cometeu. Desesperada, vai até à quinta e pega num cavalo, onde segue a toda a velocidade. Enquanto galopa, recorda-se das palavras de Rita. “O Diogo odeia a tua mãe e quer destruí-la, é por isso que ele está em Vila Brava.” Enquanto isto, Carlos entra em casa e repara que está tudo desorganizado. Telefona ao filho a contar-lhe que alguém andou a mexer nas coisas que ele guarda sobre a presidente da câmara. “Além de mim e de ti, só a Rita e a Beatriz é que têm a chave de casa. Porquê? O que é que aconteceu? E se foi a Beatriz? Não, ainda não me respondeu à mensagem, não está em lado nenhum, já lhe tentei ligar… porra… não é possível!”, constata o militar, desconfiado de que a amada possa ter descoberto o que não devia. Desliga a chamada e vai procurá-la. Dá de caras com Norberto e este revela-lhe que viu a patroa a emparelhar um cavalo. O rapaz decide então ir procurá-la no seu refúgio.
“Há uma explicação”
No meio do campo, Beatriz está sentada, pensativa, quando vê o namorado a aproximar-se. “Não foi por acaso que me encontraste, pois não? Tens a lição bem estudada…”, atira ela, continuando: “Vi um dossiê em tua casa. Tinha fotos minhas, da minha família, notícias de jornal… uma coisa estranhíssima”. Diogo percebe que foi a amada quem lá esteve. “Fui. E a menos que tenhas uma explicação muito lógica, quer-me parecer que não vou pedir desculpa por ter andado a mexer nos armários. Diz-me que aquele dossiê é do teu pai… Ele está a investigar a minha mãe”, continua ela. Sincero, ele assume que os documentos são dele e pede desculpa. “Desculpo o quê? E pensa bem no que é que vais dizer. Eu já sofri muito com mentiras, fui casada com um homem obcecado, violento… e acreditei que tu eras diferente”, diz Beatriz, de lágrimas nos olhos. “E sou. Há uma explicação lógica”, defende-se.
A professora continua a atacá-lo e recorda as palavras de Rita. “Eu nasci aqui. Os meus pais eram os donos da herdade onde tu cresceste. Eu vivia com eles e com o meu irmão até ao dia em que me levaram… Levaram-me daqui quando eu estava a brincar com a minha melhor amiga… a agente Beatriz”, atira ele, deixando-a perplexa. Lembrando o que aconteceu no passado, Beatriz nega com a cabeça, assustada. “Tu estavas no baloiço a rir, e foste a minha última memória feliz. O teu riso foi o último que ouvi em Vila Brava”, continua Diogo. Em negação, ela solta: “Não, não pode ser… Mentiroso”, grita, virando-lhe as costas, decidida a ir-se embora. “Bia, espera…”, diz ele. Ao ouvir o nome pelo qual o amigo a chamava, volta atrás, de coração apertado. “Desculpa. Desculpa não te ter contado. Bia, eu sou o Rodrigo”, dispara.
A professora fecha os olhos e abre-os de novo, como se quisesse acordar de um pesadelo. “Tu és o Rodrigo… o Rodrigo que eu procuro há anos”, constata ela. “Mudei de nome quando voltei de Berlim e fui adotado pelo Carlos. Era uma história mediática e eu ia ser sempre visto como o miúdo raptado. E o Carlos receava que os raptores quisessem acabar o que tinham começado e me fizessem mal”, justifica-se ele. Intrigada, Beatriz quer saber quem o raptou e Diogo assegura que o pai dela esteve envolvido no caso. “Ele já admitiu. Mas a ideia não foi dele. O Jorge e o irmão fizeram tudo a mando da tua mãe…” Ela continua em choque. “Não sei se foi por causa da gravidez, se foi porque o meu pai não a quis assumir, se foi só por dinheiro… Nunca soube os verdadeiros motivos”, continua ele, mas a namorada não quer acreditar. “Não! Isto é tudo mentira! Tu não és o Rodrigo… Não podes ser! E a minha mãe tem feito muita coisa, mas não raptou o meu melhor amigo. Não… Ela não me fazia isso”, solta.
“Tu usaste-me para te vingares”
Arrasado, o militar olha para a namorada e justifica-se: “Passei 30 anos a tentar saber quem eram os responsáveis e descobri antes de vir para Vila Brava. Foi a tua mãe que mandou o Jorge e o irmão levarem-me e foi ela que ficou com o dinheiro do resgate. Foi assim que comprou a herdade!” Beatriz toma consciência de que tudo pode ser verdade e pergunta, a chorar: “Vieste para te vingar? Foi por isso que te aproximaste de mim, não foi? Tu usaste-me para te vingares”. “Não, isso não é verdade. Beatriz, eu nunca quis fazer-te sofrer. E tentei manter-me longe de ti, tentei com todas as minhas forças não me apaixonar. Mas não consegui… Acho que me apaixonei logo quando te reencontrei”, reage o namorado. Ela quer saber quando é que ele tencionava contar-lhe e ele garante: “Não ia. Escolhi viver como Diogo porque desisti de tudo isto por tua causa. Sabia que não ias compreender”. A irmã de Afonso limpa as lágrimas e começa aos gritos. “É claro que não ia compreender. Trouxe-te aqui, disse-te que este sítio era especial, falei-te das nossas brincadeiras, das saudades… Eu nunca te esqueci, esperei por ti a minha vida inteira…” O filho de Carlos pede-lhe que o entenda: “O meu pai foi assassinado à minha frente, eu separei-me do meu irmão… A minha mãe morreu, perdi tudo. A Eduarda destruiu a minha família”. “E tu destruíste o que nós tínhamos”, responde, de imediato, a professora. O militar pede-lhe que não diga tal coisa. “Eu amo-te. E o meu amor por ti é mais forte que esta maldita vingança.” Beatriz pede-lhe que não lhe fale de amor. “Não quero um amor construído em cima de uma mentira. E tu estás a mentir-me desde que chegaste. Fica longe de mim”, pede-lhe, virando-lhe novamente costas. “Eu desisti de me vingar da tua mãe, desisti de ser o Rodrigo, por ti”, suplica o rapaz. Mas ela está intransigente: “Cala-te! Quero-te calado. Acabei de ser traída pelo meu melhor amigo e pelo homem por quem me apaixonei. Sabes o que é que sinto por ti e pelas tuas mentiras? Raiva”, acrescenta, deixando o local.
“Perdeste-me. Para sempre!”
Dias depois, Diogo volta a procurá-la para terem uma conversa. “Eu sei que és insistente, até estás habituado a lutar, mas por mim não vale a pena. Perdeste-me. Para sempre!”, avisa ela. O militar pede perdão mais uma vez e promete não mais a desiludir, mas ela está intransigente. “Não consigo. O que tu fizeste foi muito retorcido.” Tentando defender-se, Diogo assegura que cresceu a alimentar a vingança contra Eduarda. “E ias fazer o quê? Matá-la? Qual era o plano?”, indaga a professora. “Não sou um assassino. Queria desmascará-la, fazê-la cair em desgraça, arrepender-se de ter planeado aquele rapto. Arranjar provas, fazê-la confessar”, justifica-se ele, mas Beatriz não cede. “És irmão do Tiago, do Afonso… Deixaste-nos fazer figura de parvos. ” Em seguida, pergunta-lhe quem mais sabe daquele segredo e ele conta que apenas Arminda e Norberto. “O capitão a brincar às marionetas em Vila Brava. E a Arminda e o Norberto a ajudarem… Traída por todos… dentro da minha casa”, constata. “Que a tua mãe comprou com o dinheiro do meu resgate!”, acusa o militar, fazendo com que a amada lhe peça que não a faça sentir-se culpada. “Não é isso que eu quero. Desisti de cobranças, desisti para podermos recomeçar. Como Rodrigo e Bia, como Diogo e Beatriz… escolhe tu”, pede-lhe. E ela rejeita-o de vez: “Já escolhi. Quero esquecer o que sinto por ti. Porque não é verdadeiro, nunca foi”.